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A identificação das áreas prioritárias para a conectividade, com as ações mais estratégicas para recuperação e os custos estão entre as questões apresentadas na tese de mestrado de Flávia Balderi, na ESCAS/IPÊ – Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade. Flávia é uma das fundadoras e secretária executiva da Associação Ambientalista Copaíba, localizada em Socorro (SP). O recorte de Flávia traz justamente a área de atuação da Copaíba em 19 municípios localizados entre a bacia do Rio do Peixe, no leste do estado de São Paulo, e a bacia Camanducaia, no sul de Minas Gerais.
“Minha dissertação foi algo que eu sabia que contribuiria para a Copaíba, mas o que levantei de dados, busquei de informação já estava valendo muito a pena antes de eu ter concluído o trabalho. O processo foi muito enriquecedor, o mestrado superou minhas expectativas. A partir desse levantamento vamos contatar os proprietários das áreas prioritárias para a restauração e nessa conversa todos os argumentos serão importantes, como serviços ecossistêmicos, conservação de água, teremos que trabalhar de diferentes maneiras. Por exemplo, para quem trabalha com turismo ou com produção tentaremos utilizar espécies que agreguem valor também nessa direção às propriedades; uma maneira também de incentivarmos que a restauração aconteça”, pontua Flávia que defenderá a tese a distância nos próximos meses, por conta das adaptações necessárias no contexto de pandemia. Em 20 anos, a Copaíba já plantou 685 mil mudas.
Resolução de Desafios
Além de tema do trabalho de Flávia, a Copaíba também esteve no centro da discussão nas aulas durante a Resolução de Desafios, última disciplina do mestrado. Nela, os alunos trabalham com um desafio real e, juntos, decidem as soluções mais adequadas para um determinado cliente, seja ele do setor público, privado ou não governamental.
Na turma de Flávia, os mestrandos optaram pela elaboração do Plano de Manejo, instrumento sobre como realizar a implementação de uma área protegida, da RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural Copaíba. “Toda a turma abraçou a causa e desenvolveu um ótimo trabalho. Essa contribuição foi muito importante, o Plano de Manejo foi um presente que a Copaíba recebeu da turma. A proposta do Plano é usar nossa Unidade de Conservação (UC) 100% restaurada como modelo; uma vez que são poucas as UCs com essa característica de ter sido totalmente recuperada. Queremos incentivar que isso seja feito também em outras UCs”, esclarece Flávia.
Para Flávia, a elaboração do Plano está repleta de significados. “Se fôssemos elaborar o Plano de Manejo apenas como Copaíba teríamos que fazer um investimento para contratar profissionais que fossem nos ajudar, com levantamento de fauna, por exemplo. Foi muito importante ter contato com o comprometimento da turma pela diversidade de perfis profissionais. Ganhamos novos simpatizantes, a turma conheceu a fundo a instituição, foi muito gratificante e eles já fazem parte da nossa história”.
A Resolução de Desafio foi conduzida por Angela Pellin, professora e coordenadora desta edição da disciplina, especialista na elaboração de planos de manejo de áreas protegidas. “A condução da Angela foi fundamental para que conseguíssemos em um curto espaço de tempo e de maneira intensiva desenvolver o Plano de Manejo”, completa Flávia. O Plano está em processo de revisão e será publicado até janeiro de 2021.
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