Em menos de um ano, parceria atinge o primeiro marco de 2 milhões de árvores plantadas na região do Pontal do Paranapanema, extremo Oeste de São Paulo
A AstraZeneca, biofarmacêutica global, atinge o marco de 2 milhões de árvores plantadas, em mais de 1000 hectares no extremo oeste do Estado de São Paulo – o equivalente a cerca de seis Parques do Ibirapuera e 1000 campos de futebol. A conquista é parte do resultado do investimento de mais de R$ 350 milhões anunciado pela AstraZeneca, em 2023, para o plantio de 12 milhões de mudas, em 6 mil hectares, até 2025, no Projeto ARR Corredores de Vida, uma parceria entre IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas e Ambipar Environment.
Para celebrar o plantio de 2 milhões de arvores até agora, foi realizado um evento com as empresas parceiras e representantes da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Governo do Estado de São Paulo (Semil) nesta semana, no Pontal do Paranapanema.
O Projeto ARR Corredores de Vida realizado no extremo oeste do Estado de São Paulo, segue uma estratégia criada pelo IPÊ há mais de 20 anos, conhecida como “Mapa dos Sonhos”, que definiu as áreas estratégicas para conectividade entre os fragmentos florestais, por meio de corredores ecológicos, que vão beneficiar a fauna e a flora e assim contribuir com o restabelecimento do habitat inclusive de espécies ameaçadas de extinção.
Laury Cullen, pesquisador do IPÊ coordenador do projeto ARR Corredores de Vida mostrando o Mapa dos Sonhos
O investimento na iniciativa faz parte da estratégia de sustentabilidade da AstraZeneca no combate às mudanças climáticas. “A crise climática é a maior crise de saúde pública do nosso tempo, com impactos diretos na saúde da população, como o aumento de doenças crônicas e infecciosas. Tendo isso em vista, estamos tomando medidas para proteger e restaurar ecossistemas, diminuindo nossa pegada ambiental, enquanto investimos na natureza e na biodiversidade. O marco de 2 milhões de árvores plantadas é motivo de orgulho, mas sabemos que é apenas o início de uma iniciativa grandiosa que estamos construindo, que visa contribuir para a saúde das pessoas, sociedade e planeta”, comenta Olavo Corrêa, diretor geral da AstraZeneca Brasil.
Olavo Corrêa, diretor geral da AstraZeneca Brasil, plantando em visita ao projeto ARR Corredores de Vida
Com potencial de remoção total de 2.337.102 toneladas de CO2, é possível estimar que nessa primeira fase, com plantio dos primeiros 1000 hectares, 389.517 toneladas de CO2 podem ser potencialmente removidas em 30 anos.
“Acreditamos no potencial deste projeto e nos seus impactos positivos a curto, médio e longo prazos, não apenas pelo sequestro de gases de efeito estufa da atmosfera, incluindo carbono, mas em tudo o que envolve uma iniciativa desta dimensão. É um projeto que concretiza as possibilidades das soluções baseadas na natureza para alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável”, observou Plínio Ribeiro, CEO da Decarbon na Ambipar Environment.
O executivo destaca ainda as oportunidades na frente social do projeto. “Os resultados que conquistamos até agora evidenciam que as soluções baseadas na natureza transcendem o combate às mudanças climáticas. Além de gerar valor para o mercado de ativos ambientais e proteger a biodiversidade, elas também promovem o bem-estar e desenvolvimento social, por meio da geração de emprego e renda à população. Uma agenda fundamental para impulsionar o crescimento das comunidades e assentamentos da região”, complementa Ribeiro.
Para implementação e concretização de todas as vertentes que envolvem a iniciativa, há previsão da geração de 400 postos de trabalho. Nessa primeira fase, aproximadamente 200 pessoas já estão trabalhando, ocupando cargos em empresas de plantio e na produção de mudas em viveiros agroflorestais comunitários além da participação nos staffs técnicos e como pesquisadores associados.
Marcela dos Santos, proprietária do Viveiro Mata Nativa, produz 700 mil mudas/ano, a maior parte é utilizada na restauração do projeto ARR Corredores de Vida.
“Atuamos na região há mais de 30 anos e há mais de 20 iniciamos os plantios de mudas de árvores nativas da Mata Atlântica para restauração florestal no Pontal do Paranapanema. Os plantios são realizados a partir de uma estratégia criada pelo IPÊ, que chamamos de “Mapa dos Sonhos”, que definiu as áreas prioritárias para reconectar fragmentos florestais remanescentes e assim contribuir com a conservação de espécies ameaçadas como o mico-leão-preto. Além disso, por meio do restabelecimento da floresta, são promovidos serviços ecossistêmicos, como a regulação climática, por exemplo. Desde então, para transformar esse sonho em realidade, contamos com uma série de parceiros, incluindo a iniciativa privada, como forma de ampliarmos a escala das ações do projeto. Com a nova parceria, estamos seguindo justamente nessa direção e beneficiando uma das florestas tropicais mais ameaçadas do mundo” destaca Eduardo Ditt, diretor executivo do IPÊ.
Eduardo Ditt, diretor executivo do IPÊ, Olavo Corrêa, diretor geral da AstraZeneca Brasil, Laury Cullen, pesquisador do IPÊ e coordenador do projeto ARR Corredores de Vida, Iraci Lopes Corado, proprietária do viveiro Viva Verde, Jonatas Trindade, subsecretário da Semil.
A iniciativa está alinhada ao Plano Estadual de Meio Ambiente do Governo do Estado de São Paulo, lançado em 2023. “Uma das principais ações do Plano Estadual é colocar em recuperação 37,5 mil hectares de vegetação até 2026, meta que só conseguiremos atingir com o envolvimento de todos, poder público, organizações da sociedade civil e iniciativa privada. Nesse sentido, esse investimento da AstraZeneca no projeto ARR Corredores de Vida é fundamental e dá o exemplo de como podemos trabalhar juntos na conservação do meio ambiente e no combate às mudanças climáticas”, afirma a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Governo de São Paulo, Natália Resende.