Cerca de 200 adolescentes do extremo oeste paulista conheceram de perto como funciona uma das primeiras etapas da cadeia de restauração, que é o plantio de sementes de árvores nativas da Mata Atlântica nos tubetes. Os alunos das redes pública e privada de ensino de cinco municípios (Mariápolis, Anhumas, Panorama, Botucatu e Caiuá) participaram da Oficina de Produção de Mudas de Árvores Nativas da Mata Atlântica, uma parceria entre a Fundação Florestal e o IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, na sede do Parque Estadual Morro do Diabo, durante a Semana do Meio Ambiente, 03 a 08 de junho.
Iraci Lopes Corado, proprietária do viveiro Viva Verde, ministrou a oficina. O negócio socioambiental de Iraci é um dos 10 viveiros comunitários acompanhados de perto pelo IPÊ. Durante a oficina, os alunos realizaram o plantio nos tubetes de sementes de aroeira-pimenteira (Schinus terebinthifolia), uma das espécies utilizadas pelo IPÊ, em ações de restauração florestal na região.
Maria Clara Cezarino, estudante do 6º ano do colégio Caça Talentos, do município de Panorama, contou que vai difundir os conhecimentos apresentados durante a oficina. “Depois dessa vivência quero compartilhar com as pessoas da minha família sobre a importância de plantar árvores e contribuir com a natureza”.
André Valverde, coordenador pedagógico do Colégio, enfatizou a importância de ações práticas alinhadas a desafios reais. “Atividades extraclasse em meio a árvores centenárias e a experiência de plantar sementes são momentos oportunos para despertar nos estudantes o interesse em conservar o meio ambiente, em especial diante de tantos desafios climáticos”.
A programação também incluiu plantio simbólico de seis mudas nativas da Mata Atlântica no Parque Estadual Morro do Diabo, sendo quatro pitangas (Eugenia uniflora) e dois ingás (Inga laurina)
Para Iraci, atividades como essa têm o potencial de gerar transformações. “Acredito que cada estudante que plantou uma única sementinha terá um olhar de proteção com a natureza”.