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O projeto MPB – Monitoramento Participativo da Biodiversidade, do IPÊ, vem reinventando a forma de trabalhar com comunidades tradicionais em 17 Unidades de Conservação (UCs) na Amazônia. Com a pandemia, os cursos online são a forma de dar sequência ao trabalho realizado com monitores da biodiversidade, incluindo os manejadores do pirarucu, o maior peixe com escamas de água doce do mundo.
No mês de maio, seis monitores da Reserva Extrativista (Resex) do Baixo Juruá, no Amazonas, participaram de curso online que mostrou o protocolo de monitoramento do pirarucu e orientou os manejadores sobre o preenchimento dos formulários com informações bioecológicas e socioeconômicas.
Ministrado por Ana Maíra Bastos Neves, pesquisadora local do IPÊ, e Claudia Gemaque, bolsista do CEPAM – Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Amazônica/ ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade o curso integra uma série de encontros tendo em vista o aprimoramento do manejo do pirarucu.
Entre os participantes do curso estava Raimundo Ferreira Lima (Dinda), um dos manejadores e membro da Associação dos Trabalhadores Rurais de Juruá (ASTRUJ) que destacou a importância do monitoramento para as comunidades tradicionais.
“O manejo do pirarucu é uma importante fonte de renda para as comunidades, mas não é só por isso que continuamos realizando o manejo. Eles querem conservar a espécie, o ganho real não é o financeiro e sim a possibilidade de continuarem encontrando pirarucu na região”. Desde 2014, o projeto MPB, do IPÊ, já monitorou 216.699 kg pescados de pirarucu em áreas de manejo.
Os membros da ASTRUJ apoiaram a iniciativa recebendo os monitores da Resex na sede da Associação para a realização do curso. A medida é necessária uma vez que a Unidade de Conservação não possui acesso à internet. O curso seguiu todos os protocolos de prevenção da Covid-19.
A primeira capacitação a distância foi realizada a cerca de um ano em julho de 2020.
Cursos de capacitação estão entre as atividades da parceria entre IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), por meio do Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade (MONITORA) e do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Amazônica (CEPAM), com apoio da Fundação Gordon e Betty Moore, USAID e ARPA.
Implementação
O monitoramento do pirarucu na Resex do Baixo Juruá teve início em 2019 com a capacitação de 13 monitores, incluindo a gestora da Unidade de Conservação (UC).
O que é o protocolo do pirarucu?
É um dos Protocolos que compõem o Subprograma Aquático Continental do programa MONITORA (IN nº 03 de 04/09/17), que consiste em um roteiro seguido pelos monitores que fazem levantamentos sobre a biodiversidade pelo MPB – Monitoramento Participativo da Biodiversidade, do IPÊ, e programa Monitora/ICMBio.
O protocolo do pirarucu foi criado de forma participativa, com apoio de gestores de UCs do ICMBio e SEMA – Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Amazonas, manejadores de pirarucu, analistas ambientais do IBAMA, pesquisadores e técnicos do IPÊ e parceiros.
Aprimoramento
O protocolo do pirarucu está em fase de teste e aprimoramento, com a participação dos grupos de manejo de quatro UCs, uma área de Acordo de Pesca (Resex Unini, Resex Baixo Juruá, Resex do Médio Juruá, RDS Uacari e Área de Acordo de Pesca do Baixo-Médio Juruá), que colocarão todas as etapas em prática.
O resultado desse trabalho será o desenvolvimento de uma ferramenta padrão para avaliar o status da espécie e a eficiência ambiental, econômica e social do manejo sustentável de pirarucu.
Sobre o projeto MPB
A atividade faz parte da parceria entre IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, por meio do Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade – MONITORA e do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Amazônica – CEPAM.
A iniciativa é uma atividade do projeto Monitoramento Participativo da Biodiversidade em Unidades de Conservação da Amazônia – MPB, desenvolvido pelo IPÊ em parceria com o ICMBio, com apoio de Gordon and Betty Moore Foundation e USAID.
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