O aumento da temperatura da Terra já é um fato. Em 2023 deveremos ter vivido o ano mais quente da Terra desde o início das medições históricas. Temos sentido as alterações do clima por meio de secas e enchentes severas, mudanças no ciclo de produção de alimentos, e perda de qualidade de vida e de saúde.
Na COP21, Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, foi aprovado o Acordo de Paris, que está em vigor atualmente. Os 195 países membros da UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima) assinaram o acordo para reduzir emissões de gases de efeito estufa (GEE).
O objetivo é estimular que os países estabeleçam metas e compromissos de redução de suas emissões para que o aumento da temperatura média global se mantenha no limite de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, até o fim deste século. Para isso, foi também acordado o investimento de 100 bilhões de dólares por ano em países em desenvolvimento para ações de combate às mudanças do clima e aos seus efeitos.
Os governos que ratificaram o acordo construíram seus próprios compromissos a partir das chamadas Pretendidas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC, na sigla em inglês). Por meio das NDCs, cada nação apresentou sua contribuição de redução de emissões dos gases de efeito estufa, seguindo o que cada governo considera viável a partir do cenário social e econômico local. (MMA). Cientistas do Brasil e do mundo têm alertado, entretanto, que as metas não estão sendo suficientes e pedem compromissos mais ambiciosos.
Confira as metas brasileiras:
Reduzir emissões em 48% até 2025 e 53% até 2030, em relação às emissões de 2005. Isso significa cortar 1,2 bilhões de toneladas de CO2e até 2030.
Aumentar a participação de bioenergia sustentável na matriz energética para cerca de 18%.
Chegar a uma participação de 45% de energias renováveis na composição da matriz.
Zerar o desmatamento e reflorestar 12 milhões de hectares.