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Quando realizou a inscrição no processo seletivo da ESCAS, a bióloga Natália Moretti Rongetta já havia iniciado um Mestrado. “Eu trabalhava com consultoria ambiental e comecei a sentir falta de estudar de novo, de aprender. Já estava cursando um Mestrado na área de fauna dentro de uma reconhecida instituição, mas senti que eu queria, de fato, algo com uma abordagem profissional. Eu buscava, ter essa visão mais ampla de gestão da conservação”.
Natália conta as mudanças observadas no próprio trabalho e compartilha as novas conquistas. “Como consultora ambiental, o Mestrado me ajudou com a qualidade do meu trabalho, dos meus relatórios, o amadurecimento de algo que eu já fazia. Em 2019, entrei em uma empresa que trabalha na área de emergência, comecei especificamente em um projeto de gerenciamento de dados da emergência de Brumadinho (MG). Todo o conhecimento que obtive no Mestrado Profissional foi super importante e me ajudou muito a conquistar essa oportunidade”.
Nesse projeto, Natália conta que realiza a gestão dos dados da fauna. “Todos os animais resgatados passam pela nossa gestão. Em geral os animais resgatados são domésticos, atualmente menos de 10% dos animais abrigados são silvestres. Estou focada nesse projeto de Brumadinho (MG), iniciei como consultora e fui contratada no meio de 2020. Essa instalação será utilizada para abrigar também animais de outras regiões, de áreas onde as barragens entraram em sinal de alerta. Em breve estarei em outros projetos de resgate de fauna, em outros lugares, pela mesma empresa”.
Conexões
A partir do Mestrado, Natália também teve a oportunidade de participar de um curso no zoológico de Durrell Wildlife Conservation Trust – DWCT, em Jersey/ Reino Unido, sobre manejo e gestão de espécies ameaçadas, também com bolsa de estudo, durante três meses. “Um ano depois de concluir o Mestrado surgiu essa oportunidade por recomendação da coordenação da ESCAS acredito que pelo meu histórico de trabalho com aves, anterior e na época do Mestrado”.
“O zoológico tem um projeto ótimo de reintrodução de aves da espécie Cornish choughs . Essa espécie quase foi extinta. No final do curso, desenvolvemos um projeto, o meu foi sobre aves voltado para o Pontal do Paranapanema, onde está localizado o corredor florestal do IPÊ”.
Natália conta que os organizadores buscam atrair para o curso em Jersey (Reino Unido) profissionais com atuação em projetos relacionados à fauna de diferentes biomas. “Foi uma oportunidade também de conhecer como é feita a conservação da fauna nos projetos em que essas pessoas atuam em diferentes lugares no mundo, aprendi muito”.
O DWCT está entre os principais apoiadores do Programa de Conservação do Mico-leão-preto realizado pelo IPÊ há mais de 35 anos. Em 1990, a primeira população de cativeiro de mico-leão-preto fora do Brasil foi formada no Zoológico de Jersey, atual Durrell Wildlife Park. Em 2019, o mico-leão-preto passou a integrar o planejamento estratégico da instituição.
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