O IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas está presente na COP26, Conferência das Partes, que começou dia 31 de outubro, em Glasgow, na Escócia. Junto ao grupo do Brasil Climate Action Hub, o Instituto vai acompanhar o desenrolar das negociações do encontro da ONU que precisa definir acordos em torno de objetivos importantes para evitar o aumento da temperatura global acima dos 1,5 graus Celsius, e conservar e proteger habitats e comunidades, e também o financiamento para estabilizar a temperatura e apoiar adaptações climáticas.
Com a missão de conservar a biodiversidade, os projetos do IPÊ buscam também responder a este que é o maior desafio da humanidade, a crise climática. Utilizando as Soluções Baseadas na Natureza no desenvolvimento dos trabalhos para conservação da água, floresta e apoio à sociedade, os resultados dos projetos contribuem não apenas para a redução das emissões de CO2, mas como ferramenta de adaptação aos impactos que já alcançam os biomas, a biodiversidade e seus habitantes.
“Com certeza a emergência climática é um dos maiores desafios que estamos enfrentando. Ao levar soluções práticas e aplicáveis pela conservação da água – ativo fundamental, porém bastante negligenciado atualmente – estamos contribuindo para desacelerar o processo de aquecimento e levando oportunidades socioeconômicas às comunidades para enfrentar essas mudanças do clima que afetam especialmente a vida dos mais vulneráveis”, comenta Eduardo Ditt, diretor executivo do IPÊ, que representa o IPÊ na COP26.
Simone Tenório, coordenadora de Políticas Públicas e pesquisadora do IPÊ, é outra representante na COP26. Ela destaca as ações em favor da conservação da água como fundamentais para maior resiliência com relação às mudanças do clima. Projetos nesta linha são realizados no Sistema Cantareira, como o Semeando Água, que conta com patrocínio do Programa Petrobras Socioambiental e Fundação Caterpillar.
“Fundamentar as ações de conservação da água na pesquisa, promover o diálogo propositivo com os produtores rurais rumo à economia verde e construir um Plano de Ação intersetorial para promover estratégias alinhadas no território são o caminho para tratar o sistema de abastecimento com suas peculiaridades e promover a resiliência do Sistema frente às mudanças do clima. As ações de restauração florestal, as atividades que unem a produção agrícola ao melhor uso do solo nossas atividades de educação ambiental e de comunicação correspondem às metas do plano nacional para a mudança climática. Esperamos agora que as negociações avancem ainda mais no sentido de ampliar ferramentas de ação para essa transformação necessária”, comenta ela.
O IPÊ faz parte do Observatório do Clima e vai atualizar os seus seguidores sobre a COP26, no Instagram @institutoipe