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Projetos que integram as Soluções Integradas em Áreas Protegidas, do IPÊ, estiveram entre as experiências apresentadas no X SAPIS – Seminário Brasileiro sobre Áreas Protegidas e Inclusão Social e no V ELAPIS – Encontro Latino-Americano sobre Áreas Protegidas e Inclusão Social, ambos realizados em novembro de maneira online com o tema “Autogestão e desenvolvimento territorial sustentável de áreas protegidas: diálogos, aprendizados e resiliência”.
LIRA – Legado Integrado da Região Amazônica
Neluce Soares, coordenadora executiva do projeto LIRA/IPÊ apresentou o resumo do estudo Avaliação da Efetividade de Gestão das Áreas Protegidas na Amazônia: Perspectivas das diferentes metodologias. “Esse tema está intrinsecamente ligado à missão do LIRA que é contribuir com o aumento da efetividade de gestão das áreas protegidas visando a manutenção da cobertura florestal e a resiliência às suas ameaças”, afirma.
Segundo a pesquisadora, a efetividade varia significativamente entre as Unidades de Conservação e as metodologias. “Na avaliação de cada Unidade de Conservação (UC) precisamos considerar o contexto de cada uma delas e também as notas de cada indicador que compõem o índice. Com as médias que vimos no estudo são necessários avanços nessas UCs – Unidades de Conservação para que elas consigam alcançar os objetivos de criação, continuem sendo essa barreira contra o desmatamento, sejam oportunidades de pólos de desenvolvimento territorial, mantendo a floresta em pé e protegendo a cultura e o modo de vida dos povos e das comunidades tradicionais”.
Além de Neluce Soares, também assinam o estudo do LIRA, Angela Pellin, assessora de avaliação e monitoramento; Letícia Dias, analista técnica, e Fabiana Prado, gerente geral do LIRA.
O LIRA/IPÊ também organizou o evento paralelo “Redes Colaborativas para a Conservação: aprendizados e perspectivas” que apresentou experiências de redes de várias regiões do Brasil: Rede Gestora do Corredor de Biodiversidade do Rio Paraná, Rede de Trilhas de Longo Percurso, Rede Cuca, além da Rede LIRA.
Fabiana Prado mostrou o potencial da articulação de múltiplos atores em prol de um objetivo em comum. “O LIRA desde a concepção é um projeto colaborativo. Desenhamos um arranjo de colaboração entre doadores com foco na conservação de áreas protegidas na Amazônia para formar uma rede de projetos como forma de potencializar impactos diretamente 35 mil pessoas”.
Atualmente, a Rede LIRA conta com 94 instituições entre associações indígenas e extrativistas, organização da sociedade civil, empresas, cooperativas, instituições de pesquisas e governamentais, sendo 51 organizações envolvidas diretamente e 43 organizações parceiras. O LIRA é uma iniciativa idealizada pelo IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, Fundo Amazônia e Fundação Gordon e Betty Moore, parceiros financiadores do projeto.
MOSUC – Motivação e Sucesso na Gestão das Unidades de Conservação
A experiência de parceria em rede para apoio à gestão de Unidades de Conservação federais da Amazônia também integrou a programação do evento. A pesquisadora Angela Pellin apresentou modelo testado pelo IPÊ em 30 UCs, com o envolvimento de 12 instituições locais e o apoio de 50 colaboradores à gestão. A iniciativa abrangeu uma área de quase 29 milhões de hectares em Unidades de Conservação nos estados de Roraima, Amazonas, Amapá, Pará, Mato Grosso, Rondônia e Acre.
“O trabalho em rede fortalece as relações institucionais, potencializa ações no território, permite ampliar a escala e envolve as comunidades locais no entendimento e reconhecimento das comunidades em seus territórios. Entre os ganhos está o aumento da integração da UC com as comunidades locais, o fortalecimento institucional de pequenas instituições parceiras e a ampliação da efetividade de gestão das UCs apoiadas”, destacou Angela Pellin, que coordenou a iniciativa.
Monitoramento Participativo da Biodiversidade
Leonardo da Silveira Rodrigues, pesquisador associado ao IPÊ, e Cristina Tófoli, coordenadora do projeto MPB – Monitoramento Participativo da Biodiversidade organizaram e participaram do evento paralelo “Democratização científica e intercâmbio de saberes para o fortalecimento de áreas protegidas”.
O evento paralelo contou ainda com a colaboração de Marcos Ortiz, historiador e doutor em Sociologia e Educação de Adultos; Edel Moraes, extrativista e vice-presidente do Memorial Chico Mendes; Letícia Santiago de Moraes, secretária da Juventude do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) e Kaio Lopes de Lima, da Universidade Estadual do Maranhão.
“Se queremos participação social nas tomadas de decisão e clarificar para a sociedade a importância de se conservar a biodiversidade é fundamental que o saber científico seja compreendido por todos”, destacou Leonardo Rodrigues.
Cristina Tófoli trouxe para a conversa os aprendizados da tecnologia social Encontros de Saberes, no projeto MPB/IPÊ, para democratizar a informação científica e o intercâmbio de conhecimentos no programa Monitora, do ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. “Um mês antes da realização do Encontro já conversamos com as comunidades tradicionais sobre algumas das informações do monitoramento. No dia do Encontro reunimos uma diversidade de atores (comunidade tradicionais, gestores das UCs, profissionais que representam o governo local, universidades, ONGs, centros de pesquisas) para discutir ciência em uma linguagem acessível a todos. No final, pensamos juntos em um Plano de Ação para conservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustável”.
Desde 2018, o MPB/IPÊ já realizou oito encontros de saberes em sete Unidades de Conservação na Amazônia com mais de 500 participantes. O Projeto MPB conta com apoio da Fundação Gordon e Betty Moore, USAID, Programa ARPA e mais de 20 instituições locais.
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