O rio Negro chegou ao menor nível em 120 anos e a seca é considerada a mais severa que a região já enfrentou. O impacto chega aos rios afluentes como o Cuieiras (foto), na margem esquerda, onde vive parte das famílias da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Puranga Conquista, em Manaus (AM).
Como a estrada ali é o rio, o transporte entre as comunidades e ida e vinda a Manaus está prejudicado e nosso barco Maíra I não pode navegar. Neste momento crítico, o IPÊ, como membro do Mosaico do Baixo Rio Negro, apoia a campanha do grupo em favor das comunidades da região que estão precisando de água potável, alimentos e assistência médica.
Como doar:
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Por que essa seca tão severa na Amazônia?
A seca tem afetado a vida das pessoas e de animais na Amazônia. Estima-se a morte de 140 botos, além de peixes e outros animais que dependem dos rios e a perspectiva não é de melhora no curto prazo, segundo dados de medição do Porto de Manaus, levados em conta em análises e estudos do Inpa – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (FSP, 16/10/23). O fenômeno do El Niño tem sido responsável por afetar importantes áreas na Amazônia e causar esse impacto mais importante. O El Niño atua aquecendo as águas superficiais do oceano Pacífico de maneira anormal, o que muda o ciclo das chuvas diversos locais do mundo. Na região amazônica, ele faz com que a seca seja mais grave, porque há diminuição de umidade e de chuva.
A combinação do El Niño com alterações do clima que já impactam a Amazônia é a combinação perfeita para chegar ao cenário em que estamos. A crise climática no bioma é efeito de ações de desmatamentos para usos ilegais e utilização inadequada dos recursos naturais que não têm capacidade de se regenerar frente ao seu uso sem limites.