Na teoria, o ESG parece já ter alcançado as atenções gerais, em especial de empresas e organizações que buscam estar atentas às exigências do mercado e seus consumidores. A agenda que inclui ações transformadoras para meio ambiente, sociedade e governança chama a atenção de profissionais e é diferencial competitivo entre eles. Mas, de fato, o que é preciso fazer para que essa agenda saia de uma proposta bonita do papel e passe a ser uma prática?
Renata Fabrini, fundadora da Plongê, empresa de recrutamento, é categórica. Para ela, as organizações devem ter lideranças com coragem de questionar as ações presentes para efetivas mudanças. Ela cita como exemplo a busca sobre diversidade no quadro de funcionários das empresas.
“As organizações são formadas por pessoas, por um conjunto de indivíduos. Só que há acionistas, conselho, comitê executivo reproduzindo mais do mesmo, mantendo um ambiente pouco diverso. É preciso nomear e assumir que aquilo é uma questão e agir. A liderança precisa desenvolver coragem de questionar inclusive a visão de curto prazo do capitalismo selvagem”, afirmou ela em evento no dia 19 de outubro, no LinkedIn em São Paulo, parceiro do IPÊ em debates sobre ESG.
Andrea Peçanha, coordenadora da Unidade de Negócios do IPÊ, também esteve presente. Para ela, a implementação do ESG é um caminho, uma evolução. “Não adianta querer abraçar tudo de uma vez. É preciso reconhecer onde podem ser feitas essas melhorias e realmente implementar. Olhar para dentro de casa, fazer de fato o que você prega no discurso”.
Além de inspirar alunos e profissionais da área com cursos e palestras sobre ESG, o IPÊ aplica a agenda dentro da Instituição. Segundo Andrea Peçanha, antes mesmo da sigla fazer parte do vocabulário comum nas empresas, o instituto já olhava para os eixos que estruturam essa agenda.
“Nascemos com o DNA da conservação ambiental, o E do ESG. Porém, compreendemos que para alcançar nossa missão, não seria possível avançar sem o S do social. São as pessoas que fazem a diferença para nosso trabalho e que são também beneficiadas. Com o tempo, como organização, também evoluímos para ampliar questões como transparência, comunicação e governança. Temos um caminho longo pela frente, olhando para questões de diversidade no nosso corpo científico, por exemplo, ou ainda o consumo mais sustentável de energia e o uso de materiais mais sustentáveis, como estamos fazendo com os ecopotes nos viveiros”, diz.
Desde 2021, IPÊ e LinkedIn têm desenvolvido eventos gratuitos para debater o ESG. Veja aqui como foi “ESG na Prática Edição 1” e “ESG na Prática Edição 2”. Este ano, o debate, com mediação de Lynn Morales, trouxe para a pauta “Como alavancar as estratégias de ESG com o LinkedIn Learning”, a plataforma de educação da rede social.
Conhecimento como base
Como uma rede profissional, o LinkedIn tem mapeado o tema ESG entre os usuários e notado um grande crescimento. Não apenas em buscas ou menções sobre o assunto, mas no perfil dos profissionais que estão em busca de uma vaga ou que já estão no mercado.
Segundo Paula Karam, do LinkedIn, existe uma mudança muito grande acontecendo no valor que os profissionais dão ao trabalho e às organizações onde atuam. “As pessoas não trabalham por trabalhar por causa apenas de um salário. Elas começam a escolher propósito e valores – trabalhar em uma empresa que realmente acreditam”, afirma.
Isso tem se refletido na busca por habilidades em ESG, que é uma das propostas do mercado que mais tentam se aproximar hoje das transformações para um mundo mais sustentável. Por essa razão, segundo Caio Sant´Ana, o LinkedIn tenta gerar soluções para que mais profissionais possam alcançar conhecimento e avançar na carreira. “Da perspectiva do LinkedIn Learning, colocamos na base da pirâmide o engajamento e como elas trabalham a cultura do aprendizado no dia a dia. Que elas tenham tempo para isso”.
Andrea Peçanha e a presidente do IPÊ, Suzana Padua, gravaram uma aula para o LinkedIn Learning sobre “Como promover a conservação da natureza para um mundo mais sustentável”. “Vemos que essa é uma forma de ampliar o alcance da nossa missão para mais pessoas, nos adaptando às ferramentas que existem hoje”, comenta Andrea.
O ESG também é tema de curso da ESCAS, a escola do IPÊ, que tem inscrições abertas. Confira!
Quer saber mais sobre ESG? Baixe aqui o que é tendência.