Alunos do Ensino Fundamental I e II Escola Ribeirinhos, localizada no assentamento rural Gleba XV de novembro, setor 3, no município de Rosana, na região do Pontal do Paranapanema/SP, participaram na quinta-feira 03 de agosto de ação da frente de Educação Ambiental do Programa de Conservação do Mico-leão-preto em comemoração aos 39 anos do programa.
A atividade teve início com tour na trilha Mico-leão-preto localizada no Parque Estadual Morro do Diabo. “Algumas crianças e jovens ouviram o som dos micos, algumas chegaram a vê-los, os alunos estão encantados e isso é gratificante”, destacou a professora do 5º ano Gilvana Aparecida Peixoto, que organizou a participação dos alunos.
Para Vinícius Alves coordenador de Educação Ambiental do Programa de Conservação do Mico-leão-preto, a atividade atingiu o objetivo. “Buscamos sensibilizar os alunos a partir das particularidades da região em que vivem. O mico-leão-preto é uma espécie endêmica dessa região do estado de São Paulo e isso é muito precioso. Essa turma ainda teve a sorte de ouvir o som do mico-leão-preto, o que torna essa vivência ainda mais interessante”.
Conhecer e plantar
A ação teve sequência com a visita ao Viveiro-escola Alvorada, onde o grupo teve a oportunidade de saber mais sobre como as mudas se tornam árvores com a apresentação da extensionista do IPÊ Aline Souza.
Ali, receberam 300 mudas doadas pelo Viveiro Mata Nativa para realizar plantios em três áreas próximas à escola. Os alunos também ganharam sementes de araçá (Psidium cattleianum), goiaba-branca (Psidium guajava) e guaçatonga (Casearia sylvestris) do Viveiro Mata Nativa, parte já foi plantada em bandejas com substrato, ambos doados pelo Viveiro-escola Alvorada. “Na escola, alunos inclusive de outras turmas vão acompanhar o desenvolvimento das sementes”, destaca Vinícius.
Para a professora do 5º ano que liderou a ação pela escola, o número de mudas e sementes obtidas via doação de um dos viveiros superou as expectativas. “Fiquei muito feliz e muito encantada. Parte das mudas será plantada em frente à escola, assim vamos ganhar uma área de lazer para os alunos e a comunidade. Também plantaremos em outra área onde há uma nascente que está secando, com o plantio, os alunos vão contribuir com a conservação dela. A terceira área onde faremos um plantio buscamos contribuir com a recarga hídrica da região”.
O Viveiro Mata Nativa e o Viveiro-escola estão entre os oito viveiros-comunitários acompanhados de perto pelo IPÊ. Para Marcela dos Santos, proprietária do Viveiro Mata Nativa, fica a oportunidade de contribuir. “São muitos motivos que fazem a gente sentir a necessidade de doar. A natureza nos dá tanto e a gente retribui tão pouco. Quando a gente tem um movimento desse, é importante colaborar”
Todas as espécies de mudas de árvores doadas integram a dieta do mico-leão-preto (Leontopithecus chrysopygus). “Peito-de-pombo (Tapirira guianensis), Jerivá (Syagrus romanzoffiana), Jabuticaba (Plinia trunciflora), Erva-de-passarinho (Phoradendron quadrangulare), Pindaíba (Xylopia brasiliensis), Goiaba (Psidium guajava), Amarelinho (Trichilia catiguá), além de Guaçatonga (Casearia decandra).