A ESCAS- Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade promoveu no início de outubro um workshop para discussão e definição de diretrizes básicas para um curso de MBA em Gestão de Negócios Socioambientais na Amazônia. O encontro contou com a presença de representantes do IPÊ, ESCAS, Natura, Amata Brasil, Coca-Cola, Mov Brasil, Imaflora, SOS Amazônia e USP. A oficina teve a mediação de Walkyria Moraes.
O produto final do workshop foi um conteúdo programático de um MBA com foco em novos profissionais da sociobiodiversidade da Amazônia, que desenvolvam negócios inovadores e transformadores na nova economia. Tudo isso, considerando desafios e oportunidades que têm dimensões semelhantes ao tamanho deste bioma.
De um lado, grandes distâncias e logística custosa, carência de qualificação para jovens e/ou empreendedores e mercados consumidores distantes da produção são fatores impactantes. E de outro, um bioma que ainda tem parte de sua biodiversidade conservada, possui incentivos governamentais para produção na região, projetos de apoio, e a “marca Amazônia” com um forte apelo. Estes dois polos se atraem e criam um cenário de grande potencialidade para a construção de uma nova economia local, que se aproprie e se beneficie da sociobiodiversidade, em negócios sustentáveis e competitivos.
Para a coordenadora de pós-graduação da ESCAS Cristiana Martins a construção coletiva desse curso, com a participação de diferentes setores e a expertise da escola, foi fundamental para o desenvolvimento do conteúdo estrutural do MBA. “As discussões do workshop deixaram bem patente a necessidade de um curso deste na região. A grande vantagem de uma construção deste tipo, é que não saímos da estaca zero, mas já de um comprometimento e ações compartilhadas, o que agiliza a realização de uma iniciativa com esta. A ESCAS age como catalisadora porque tem a agilidade necessária para juntar estas frentes”, disse.