As mestrandas da ESCAS/IPÊ, Aghata Comparin Artusi e Thaisi Baech Sorrini são estudantes do curso de Mestrado Profissional em Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável e, ultimamente, têm respirado livros, cadernos, aulas online (por conta da pandemia do coronavírus) e pesquisas de campo, no Pontal do Paranapanema.
A ESCAS é uma iniciativa do IPÊ com objetivo de formar profissionais capazes de desenvolver, implementar e multiplicar ações na área socioambiental. Com a Escola, o IPÊ desenvolve uma parte importante de sua missão institucional, que é a de compartilhar conhecimentos para a conservação da biodiversidade de maneira inovadora, unindo teoria e prática.
Foi exatamente este diferencial que cativou a pesquisadora Agatha. Ela conta que na graduação sempre se interessou pela botânica, porém trabalhar com conservação sempre esteve entre suas metas. “No mestrado com a pesquisa sobre o sequestro de carbono consegui juntar tudo, botânica e conservação em uma única instituição que oferece teoria e prática. Isso tudo é um privilégio para mim”, pontuou. E continuou, “eu acredito que quando um pesquisador busca por meio de estudos mostrar o potencial da floresta em armazenar carbono, em conservar a biodiversidade com dados, números comparativos, gráficos, entre outros, é muito positivo. Tais dados são um ótimo incentivo para a comunidade local, pois ela passa a se sentir motivada em fazer parte deste contexto. Os números por si só mostram que a floresta em pé, vale mais que o plantio de soja”.
Thaisi complementa que na aula teórica os estudantes ouvem dos professores relatos sobre os projetos do IPÊ, que parecem distantes. “Só que aqui no Pontal pesquisando as áreas de florestas plantadas em parceria do IPÊ com assentados e produtores rurais eu me sinto parte do projeto”, relatou.
Para a estudante, desenvolver seu projeto de pesquisa no Pontal com o todo o histórico da região é uma honra. “A ESCAS/IPÊ me permite absorver o conteúdo teórico nas aulas e aplicar nas florestas plantadas em que a instituição tem parcerias e desenvolve projetos de conservação. “Me sinto bem feliz em fazer parte desta pesquisa, deste projeto”, conclui.
Para Haroldo Borges Gomes, coordenador de projetos do IPÊ, um ponto muito positivo referente ao estudo das mestrandas é que até mesmo o morador da área urbana vai entender a importância de plantar árvores na frente da sua residência. “Os benefícios das árvores vão além de uma ampla sombra. Elas são peça-chave no sequestro de carbono, deixam a temperatura mais amena. Enfim, o cidadão vai ter uma visão diferente daquela de que árvore só faz sujeira na calçada”, disse.