Crédito das fotos: Ecoswim 2025
Há 18 anos, o fim do ano marca também a realização do Ecoswim – evento que une esporte e apoio ao viveiro de mudas nativas da Mata Atlântica do IPÊ – que nesta edição tomou conta da piscina do Estádio do Pacaembu, em São Paulo. O evento registrou recorde de público com 1.440 participantes, alta de 86% % em relação à edição de 2024.
Thomas Metne Thisted, aluno de engenharia de produção na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – Poli/USP, que integra a diretoria do Ecoswim 2025, acredita que a escolha do Pacaembu para realização do evento, contribuiu para o crescimento expressivo no número de participantes. “A piscina do Pacaembu está entre os maiores monumentos da natação brasileira. Estar naquele espaço compartilhando a experiência do Ecoswim com todos os outros atletas, com certeza, foi um fator muito importante para conseguirmos maior número de inscritos”.
João Edgard França, aluno de engenharia civil da Poli/USP, que também faz parte da diretoria do Ecoswim 2025, reforça que a escolha do local, antes de ser um acerto, representou um risco. “Arriscamos fazer no Pacaembu, em um lugar maior que o Centro Olímpico, esse foi o grande passo. Outro passo foi o avanço com os patrocinadores”.
A edição de 2025 já entrou para a história, 30 dias antes do evento, todos os horários das baterias já estavam lotados. Desde então, a única possibilidade de inscrição foi nadar como Amigo do Ecoswim, bateria que nas edições anteriores viabilizava que interessados participassem de maneira independente, mas nesta edição assumiu também o papel de reunir grupos de amigos.




Para 2026, a expectativa é de consolidação. “Queremos manter essa abrangência de público registrada em 2025, contar essa história do evento para os atletas que chegaram há pouco tempo, crescer, mas sem perder o nosso foco principal”, destaca Luisa Morato, aluna de engenharia mecânica, diretora da edição 2026. Leonardo Moura, aluno de engenharia da computação, diretor da edição 2026, reforça a visão da colega. “Estamos muito otimistas”.
Aliança entre universidade e organização do terceiro setor
O Ecoswim é idealizado pela equipe de natação Wetrats, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (POLI-USP) e não possui fins lucrativos. Parte do valor arrecadado com as inscrições é destinado para o viveiro de mudas de espécies nativas da Mata Atlântica, do IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, localizado em Nazaré Paulista. A outra parte do recurso é utilizada para viabilizar o evento do próximo ano.
João, que integrou a diretoria da edição 2025, sintetiza o resultado dessas quase duas décadas de relacionamento entre as instituições. “O balanço da parceria é muito positivo. Sempre falo para o pessoal da equipe que esse é um evento muito legal de organizar, para a gente é muito gratificante e ainda tem essa parte de doação de ajudar o IPÊ na produção das mudas no viveiro de espécies nativas da Mata Atlântica”.
A parceria entre IPÊ e Ecoswim é fruto do trabalho realizado pela Unidade de Negócios Sustentáveis do IPÊ e a partir deste ano passa a integrar o IPÊ em Movimento, frente de ação que une duas grandes causas: a conservação da biodiversidade e o cuidado com a saúde das pessoas.
Um marco na história da parceria
Desde a primeira edição do Ecoswim, em 2007, o valor repassado ao IPÊ foi de mais de R$ 230 mil. Apenas a edição 2025, o Ecoswim repassou R$ 50 mil, alta de 81% em relação a 2024.

“Desde o início, tem sido muito gratificante para o IPÊ ser a instituição escolhida pelos alunos da Poli/USP. Já estamos na segunda geração desta parceria que representa também uma oportunidade de contarmos para mais pessoas sobre a conexão entre a conservação da biodiversidade para o enfrentamento dos desafios climáticos”, reforça Andrea Peçanha, coordenadora da Unidade de Negócios Sustentáveis do IPÊ, à frente da parceria.


Oportunidade de desenvolvimento pessoal e profissional
Thomas, diretor da edição 2025, compartilha também o potencial do evento para os organizadores. “Participar do Ecoswim não é apenas um trabalho social, mas é também um trabalho que acarreta no desenvolvimento pessoal. Durante todo o ano de preparação, desenvolvi habilidades de negociação, comercialização – pelo contato com os patrocinadores e pela gestão de todo o time. É um evento que por mais que seja muito gratificante entregar a doação, no final do ano, para o IPÊ, é muito gratificante também ver todo o processo da equipe e como ela se desenvolveu”.
Luisa Morato, que fará parte da diretoria da edição 2026, conta também sobre as expectativas desse aprendizado. “O Ecoswim é também sobre tomada de decisão, uma vez que realizamos um evento de proporção gigantesca como universitários, sem uma empresa ou grande fundo por trás. É também sobre assumir responsabilidade, construir essa história como autor dela, a partir da gestão de pessoas, conhecimentos, financeira e tudo mais que envolve o evento. Hoje, no Brasil, o Ecoswim é o maior evento de piscina, mas a gente acredita que na área de natação no país, o evento esteja no top 3”.