A “Economia Solidária” é uma proposta que contrapõe o modelo econômico atual, amplamente baseado no lucro e em relações trabalhistas precárias. Traz como inovação a ideia da geração de trabalho que integra produção, venda, troca e compra, dentro dos princípios da autogestão, democracia, solidariedade, cooperação, respeito à natureza, e comércio e consumo solidários.
O tema foi assunto de um curso aberto à comunidade e às artesãs do projeto “Costurando o Futuro”, em Nazaré Paulista, dia 22 de janeiro. Convidada pelo IPÊ, a socióloga e coordenadora geral da Plataforma Faces do Brasil Rosemary Gomes, falou aos presentes desde os conceitos básicos dessa proposta de economia, até sobre como o comércio justo, uma das bases dos trabalhos do IPÊ junto a negócios com comunidades, se enquadra nessa concepção.
A pesquisadora da Unidade de Negócios, Fernanda Pereira, afirma que a ideia do curso foi transmitir às artesãs do projeto conhecimentos sobre esta economia inovadora e de que forma o comércio justo pode apoia-la.
“O comércio justo é uma forma de viabilizar essa economia solidária e o curso foi esclarecedor especialmente no que diz respeito aos mecanismos que existem para que associações e cooperativas, ou até mesmo grupos não formalizados possam acessar políticas públicas que fortaleçam os seus grupos e torne realidade o comércio de seus produtos, de maneira socialmente justa e solidária”, afirma ela.