“Ouvir as palestras e os profissionais foi ótimo [no primeiro módulo], mas ter meu trabalho orientado e um segundo módulo com apresentação dele para a avaliação superou as minhas expectativas. A composição da banca também foi muito boa, com profissionais variados, inclusive de empresas. Sempre achei que as minhas propostas eram muito técnicas e científicas e ouvir esses profissionais me fez abrir (visualizar) um leque de oportunidades. Vou aplicar todas as contribuições da banca e pretendo apresentar a proposta que eu desenvolvi com apoio desse curso para colocar o meu projeto em prática”.
Silvia Neri Godoy, analista ambiental do CENAP.
“O curso ´Multiplicando Saberes´ nos possibilitou conhecer, através das aulas/apresentações de especialistas, formas de captação até então desconhecidas pela instituição. Uma parte importante do curso foram as informações e instruções repassadas na aula de planejamento e montagem do cronograma orçamentário e também a aula sobre como a comunicação é importante para a captação de recursos.
A diminuição dos recursos aportados para esta área e o aumento da concorrência por estes recursos são algumas das principais dificuldades para a captação, mas não podemos de relacionar também os problemas na estrutura institucional, como o quadro administrativo e diretivo das organizações do terceiro setor.
A proposta apresentada pelo Instituto Pró-Carnívoros [no segundo módulo] está inserida nas ações de outros PANs (Plano de Ação Nacional), que são o PAN para a Conservação da Onça-pintada e o PAN para a Conservação da Onça-parda, e com certeza estes documentos oficiais agregam força na proposta institucional. Hoje muitos editais tanto governamentais como privados solicitam que as propostas contenham ações previstas pelos PANs.”
Ricardo Boulhosa, coordenador executivo do Instituto Pró-Carnívoros.
“Busquei avaliar as propostas me colocando no lugar de um possível financiador e também levando um olhar de um técnico que trabalha na área, então foram dois tipos de avaliação que eu fiz. Mas o mais importante dessa experiência, e deste projeto do IPÊ como um todo, é que ela toca em um ponto chave que é a viabilização de projetos para a execução dos PANs [Planos de Ação nacionais para conservação de espécies]. E um dos maiores gargalos disso está justamente na viabilização financeira para as instituições poderem formar equipe, estruturar o projeto e tudo o que se refere ao desenvolvimento de uma pesquisa de conservação”
Leandro Jerusalinsky (componente da banca), coordenador do CPB – Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (ICMBio).
“O encontro em si foi muito legal, junto com a troca de experiências de cada um, as soluções que cada um traz de maneira diferente para os mesmos problemas. As palestras foram muito boas e abriu para uma percepção melhor sobre o panorama da captação no terceiro setor, sobre a importância da comunicação nos projetos e também da parte de orçamento.
Uma grande lição que ficou para mim foi justamente a necessidade de diversificação das fontes de recursos financeiros para projetos e as formas de captação. Os seminários também nos apontaram para a necessidade de estruturação e fortalecimento institucional das organizações de terceiro setor, o que é uma coisa necessária nesse processo e que faz diferença para conquistar apoio”.
Juliana Griese, diretora executiva do Instituto Itapoty.
“Eu não tinha muita experiência com captação, então a minha expectativa era aprender como se escreve um projeto. E depois de todas as atividades, sinto que mudou para melhor a minha ideia sobre como as propostas podem ser escritas. Vi que dá para fazer algo mais fora do tradicional (linguagem científica) que eu costumava fazer. As palestras foram muito boas e eu fui retomando uma a uma no momento de escrever a proposta, o que foi muito importante. Outro ponto positivo foi essa ideia de fazer os trabalhos e o tutor ir corrigindo, o que dá mais segurança”.
Marina Galvão Bueno – Instituto Pri-Matas.