Vivemos em uma profunda crise socioambiental e a emergência climática é prova real dos desafios que precisamos enfrentar. Eventos climáticos extremos acontecem com maior frequência no Brasil e no mundo, impactando a qualidade de vida de milhares de pessoas e transformando o planeta como o conhecemos.
Há tomadas de decisão que dependem de acordos internacionais a serem cumpridos. Em breve (de 30 de novembro a 12 de dezembro), teremos a COP28 do Clima, onde será realizado, por exemplo, o balanço global das ações dos países em resposta aos compromissos do Acordo de Paris. O balanço vai mostrar o quanto as nações caminharam ou não para evitar, reduzir ou zerar suas emissões de gases de efeito estufa, com o objetivo central de limitar o aumento da temperatura a no máximo 1,5°C.
Enquanto as negociações globais acontecem, o que podemos fazer na esfera individual para contribuir com as mudanças necessárias?
Aqui, cinco dicas que podem ajudar. Muitas delas, têm relação ao nosso consumo e, claro, são sugestões que se aplicam, ou não, de acordo com as diversas realidades sociais que vivemos no país:
- Não desperdice comida
Segundo o relatório de Índice de Desperdício de Alimentos 2021 do PNUMA, a população mundial desperdiça um bilhão de toneladas de alimentos anualmente, o que corresponde a cerca de 8% a 10% das emissões de gases de efeito estufa.
2. Cuide dos resíduos
Aterros sanitários são grandes emissores de metano (CH4), um dos gases de efeito estufa que contribui para as alterações climáticas. Nos aterros têm de tudo, inclusive resíduos orgânicos. Podemos reduzir o volume de resíduo que enviamos aos aterros fazendo compostagem para os resíduos orgânicos. Há opções para fazer isso em nossas residências. A compostagem com restos não comestíveis também pode ser útil para fertilizar o seu jardim, além de ser uma das melhores opções para a gestão de resíduos orgânicos, ao mesmo tempo em que reduz os impactos ambientais. Com os resíduos que podem ser reciclados, é importante separá-los e, se sua cidade não tem coleta seletiva, seria interessante passar a cobrar medidas do poder local, a partir dos moradores.
3. Evite consumir sem necessidade e busque produtos mais duráveisSabemos o quanto é desafiador falar em não consumo num modelo econômico como o nosso. Porém, sempre que escolher comprar, tente buscar produtos com maior durabilidade, feito com menor uso de recursos naturais, menor emissão de gases estufa e menor uso de água. Só como exemplo, a indústria da moda contribui com cerca de 8% a 10% das emissões globais de carbono e a produção global de carne é responsável por mais da metade das emissões de gases de efeito estufa do setor de alimentos.
4. Plante árvores
Ok, sabemos que não é uma tarefa super fácil, assim. Mas sempre que for possível apoiar uma causa ou movimentos que estimulam conservação e restauração de florestas, o faça! O desmatamento é um dos grandes responsáveis pelas emissões de gases de efeito estufa. Existe uma meta no Brasil de plantar 12 milhões de hectares até 2030 – um desafio e tanto!
5. Vote de forma consciente
É importante escolher candidatos a cargos de governo que tenham valores ambientais sólidos, que se importem com questões climáticas, inclusive a justiça climática. O voto consciente tem relação na escolha por aqueles que respeitem a constituição e instituições democráticas, confiem e tenham como base a Ciência, apoiem populações vulneráveis, comunidades indígenas e que combatam o racismo.
Fontes: ClimaInfo, PNUMA, UNEP, UNFCC.
Muito válida essas cinco dicas! Se cada um fizer a sua parte, teremos um grande avanço. Parabéns pela iniciativa de agir influenciando para o bem.