O otimismo deu o tom à mesa de abertura na Casa IPÊ na COP30 que reuniu representes da iniciativa privada, de empreendimentos sociais, da imprensa e de escola de pós-graduação, com mediação de Andrea Peçanha, coordenadora da Unidade de Negócios Sustentáveis do IPÊ, que está à frente da Casa IPÊ na COP30.Para mostrar que a esperança, ao contrário do que muitos acreditam, não é algo passivo, Andrea compartilhou uma frase de Jane Goodal – que nos deixou neste ano – que sintetiza esse entendimento: “Não há ação sem esperança, mas também não há esperança sem ação”.
No primeiro dia de COP 30, os participantes da mesa compartilharam suas expectativas com o evento que tem o potencial de entrar para a história como a COP da ação. Cristiane Prizibisczki, jornalista do O Eco, destacou que essa COP tem o potencial de iniciar uma nova fase das Conferências. “A preocupação para que essa se torne a COP da implementação me dá uma esperança enorme. Desde o início, essa COP foi muito diferente com muita participação social nos eventos preparatórios. As contribuições da sociedade civil têm sido compartilhadas com as demais delegações. A COP na Amazônia é uma escolha política de colocar a natureza, a biodiversidade junto da negociação em si. Que a COP 30 inaugure uma nova era das conferências”, destacou.
Lourenço Bustani,co-fundador da Mandalah, a primeira consultoria a pautar o propósito nos negócios, trouxe mais um ineditismo dessa edição do evento no Brasil. “A lente da Ciência Planetária como sala de apoio aos negociadores é uma inovação. Que a ciência planetária paute as decisões da zona azul. Se existe uma COP em que precisamos esperançar mudanças de rota abruptas é essa”.
Claudio Padua, co-fundador do IPÊ e reitor da ESCAS – Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade, a escola do IPÊ – destacou a urgência por um novo olhar para as florestas, na edição em que o evento é realizado na floresta Amazônica. “Que a gente pare de usar a floresta e passe a usar o conhecimento que está na floresta, com suas interações e as funções”.
André Fernando, empreendedor social Baniwa, ressaltou como avanço o aumento da participação indígena. “Essa é primeira vez que contamos de forma mais direta com 400 pessoas tentando dialogar. Precisamos ganhar força, nunca antes tivemos tanto espaço em COPs para falar sobre consultas e repartição de benefícios”.
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