O IPÊ e a sua escola ESCAS, em parceria com a Central Music e o MIHN – Museu Imaginário de História Natural estão juntos em uma nova iniciativa: o Biosample. Um laboratório de pesquisa e composição musical que tem a ecologia e as questões ambientais atuais como interface de diálogo entre a arte, ciência e a cultura tradicional. O projeto tem como objetivo central explorar o potencial da música como um meio de comunicação sensível e acessível, capaz de transformar a riqueza de dados gerados por pesquisas em bioacústica no Brasil em experiências artísticas que aproximem o grande público de iniciativas e organizações comprometidas com a conservação dos ecossistemas brasileiros.
Com base nos estudos de bioacústica realizado por meio de diversos projetos no Brasil, entre eles as iniciativas do IPÊ, os parceiros visam tornar sensível e acessível quase 1 milhão de minutos de gravações sonoras da biodiversidade brasileira. Através de um programa integrado de pesquisa, criação e divulgação, o projeto visa promover o encontro e a colaboração entre artistas e cientistas no desenvolvimento de obras musicais inéditas, tornando-as acessíveis ao público por meio de plataformas de streaming, exposições e eventos públicos.
“O Biosample constitui uma forma de colaboração que não apenas reúne artistas e cientistas em uma comunidade comum — profissionais que, historicamente, compartilham um olhar atento e investigativo sobre o mundo — mas também propõe uma nova maneira de nos relacionarmos com formas de vida não humanas, evidenciando como é possível cocriar outros modos de coexistência no planeta”, afirma Bruno Gari, do MIHN.
Atualmente, a iniciativa foi pré-selecionada para participar do MATE Festival em Portugal, um evento internacional que reúne projetos que atuem entre a Música, Arte, Tecnologia e a Educação. E para subir ao palco o Biosample participa de uma votação online para ajudar na nota de avaliação do júri. Basta um like no coração e você já está contribuindo com o projeto. https://www.matefestival.com/projeto/biosample/
“Estamos felizes em sermos um dos parceiros dessa iniciativa. É uma maneira criativa e bonita de levar as riquezas da nossa biodiversidade a cada vez mais pessoas. Desta vez, por meio da música. É uma das maneiras de tornarmos a ciência interessante a cada vez mais públicos, transformando-a em cultura e arte”, afirma Simone Tenório, coordenadora da iniciativa no IPÊ.
Muito interessante e inovadora esta proposta, que destaca o papel da nossa biodiversidade.