No próximo dia 17 de outubro, o Hub Para Erradicação da Pobreza (HubEP) realizará o evento Mulheres e mudança social. O evento será em formato híbrido e está com inscrições abertas, tanto para os 60 lugares de quem acompanhará no Espaço do Conhecimento do Instituto Dara, no Rio de Janeiro, assim como a distância, por meio de inscrições online.
A iniciativa é liderada pelo Instituto Dara que atua há cerca de 30 anos pela erradicação da pobreza e convidou organizações que compartilham dos mesmos princípios, como: Ação da Cidadania, Asta, Cieds, Gastromotiva, IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas , Sistema B e Uniperiferias. O IPÊ faz parte dessa ação, uma vez que contribuir com a erradicação da pobreza também está entre as prioridades de instituições que buscam a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável.
Suzana Padua, presidente do IPÊ, explica que afinal sustentabilidade é formada pelo tripé: ambiental, social e econômico. “Essa aliança ficou muito evidente desde o início do Programa de Conservação do Mico-leão-preto, que deu origem ao IPÊ. Na época, para avançarmos com as medidas para conservar uma espécie era essencial envolver as pessoas e contribuir com a geração de renda, pois na região havia recém-assentados rurais. Desde então, o aprendizado desse projeto está presente no DNA da instituição, que vê o empoderamento social e econômico como essencial, principalmente daqueles que vivem no entorno das áreas em que atuamos, uma estratégia para conservar a biodiversidade e fomentar o desenvolvimento”.
Saiba mais sobre nossa atuação
No Pontal do Paranapanema, extremo oeste paulista, por exemplo, onde as ações do IPÊ tiveram início, o projeto Corredores de Vida é baseado no tripé CCB – Clima, Comunidade, Biodiversidade. No quesito Clima, o corredor neutraliza carbono e gases equivalentes, como o metano.
A esfera da Comunidade, está relacionado à capacitação e à geração de renda: o IPÊ impulsiona viveiros comunitários, realizando cursos e apoiando com insumos, que são utilizadas na restauração florestal. As atividades de plantio e monitoramento são realizadas por empreendedores que viram uma oportunidade de profissionalização nesta área que só tende a crescer, especialmente com o avanço do mercado de carbono.
Com relação à Biodiversidade, o projeto é estratégico para a conservação da fauna e da flora da Mata Atlântica, inclusive no longo prazo – já existem pesquisas que indicam a presença de animais utilizando os corredores para alimentação, abrigo e deslocamento.
Na Mata Atlântica do Sistema Cantareira, ao mesmo tempo em que produtores rurais são sensibilizados a restaurar áreas de nascentes e próximas aos cursos d’água, eles também contam com assistência técnica para incrementar a renda a partir de uma produção sustentável. Nesta região, essa questão é urgente e fundamental tanto para os produtores que necessitam de água em quantidade e qualidade, quanto para as mais de 7 milhões de pessoas abastecidas pelo Sistema Cantareira.
Na Amazônia, uma série de projetos do IPÊ como o MPB Monitoramento Participativo da Biodiversidade, o LIRA – Legado Integrado da Região Amazônica e o Navegando Educação Empreendedora têm em comum o fortalecimento de ações para que a floresta permaneça em pé alinhada à geração de renda para comunidades locais, por meio do estímulo aos negócios baseados nos produtos da sociobiodiversidade ou ainda no TBC – Turismo de Base Comunitária. Duas estratégias que alinhadas conservam a floresta e têm o potencial de aumentar a renda dos povos da floresta.
Esses são alguns exemplos de como a melhoria socioambiental contribui para a erradicação da pobreza e estimula novos negócios.
Serviço
Mulheres e mudança social
Confira a programação
17 de outubro – 14:00 às 18:00
Espaço do Conhecimento do Instituto Dara, no Rio de Janeiro
Link para inscrições para assistir online
Link para inscrições para participação presencial ou online: