A coalizão Pontes Pantaneiras participou ativamente da COP 30, em Belém, no estado do Pará, entre 10 e 21 de novembro de 2025. Lideranças do grupo estiveram presentes em eventos que aprofundaram o compromisso com a conservação do Pantanal e a sustentabilidade na região. Entre debates sobre investimentos em programas, e pecuária regenerativa deram visibilidade global às ações desenvolvidas em prol do bioma.
No Dia do Pantanal, 12 de novembro, na AgriZone foi anunciado um marco histórico para a região: a parceria inédita da Solução Integrada Fazenda Pantaneira Sustentável”, com um investimento multissetorial superior a R$ 20 milhões até 2030 no estado do Mato Grosso. Estiveram envolvidos Embrapa Pantanal, Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso, Coalizão Pontes Pantaneiras, Ministério do Meio Ambiente, The Pew Charitable Trusts, Embrapa e Secretarias de Estado do Mato Grosso. Este evento destacou um modelo inovador de governança participativa, integrando mitigação climática, conservação da biodiversidade e desenvolvimento sustentável da economia rural.
No dia seguinte, 13 de novembro, na Casa IPÊ COP 30, aconteceu o painel “Pecuária Orientada a Resultados: Soluções para Natureza, Clima e Economia” para destacar as iniciativas sul-americanas que estão transformando a pecuária em uma força positiva para a natureza, o clima e a economia. Com a participação de Miriam Perilli (Pontes Pantaneiras/IPÊ), Thiago Coppola (Fazenda Pantaneira Sustentável – Embrapa Pantanal), Pedro Develey (Alianza del Pastizal), Bruno Leite (Ministério de Agricultura e Pecuária) e Carlos Eduardo Marinello (Ministério do Meio Ambiente), o encontro abordou experiências de pecuária sustentável, conservação em terras privadas, certificação, rastreabilidade e mecanismos de incentivo para vincular a produção rural a resultados ambientais e econômicos efetivos. O diálogo evidenciou como a inovação apoiada por evidências e ações territoriais pode acelerar a transição para modelos pecuários de baixas emissões, sustentáveis para a natureza e economicamente viáveis, reafirmando o compromisso do Pontes Pantaneiras com soluções integradas para o futuro do Pantanal e dos biomas sul-americanos.
Em seguida, no dia 19 de novembro, no Pavilhão da Espanha – Zona Azul, Pontes Pantaneiras participou da mesa “Solução unificada para crises de incêndio diversas”, com especialistas internacionais debatendo estratégias integradas para prevenção e combate a incêndios florestais, tema crítico para a conservação do Pantanal.

No dia 19 de novembro, no Prédio da Economia Criativa, na Zona Verde, Cristina Tófoli/foto (Coalizão Pontes Pantaneiras/IPÊ), Pedro Develey (Alianza del Pastizal), e Carlos Eduardo Marinello (Ministério do Meio Ambiente) trouxeram reflexões sobre iniciativas de pecuária sustentável e conservação em terras privadas, evidenciando a relação dessas ações com as três convenções iniciadas na Rio 92 (Convenção de Diversidade Biológicas, de Mudanças do Clima e de Combate à desertificação) e programas e planos do Governo Federal para sua valorização. O debate foi ainda mais importante por contar com uma audiência não formada por especialistas no tema, mas o público geral que visitou a Zona Verde da COP30.
No dia 20 de novembro, ocorreria no Pavilhão CGIAR, Zona Azul, a sessão “Pecuária sustentável e regenerativa nas Américas: superando barreiras e ampliando oportunidades por meio de soluções concretas” organizada pelo Imaflora) e com a participação de Rafael Chiaravalloti (Coalizão Pontes Pantaneiras/UCL/IPÊ). Entretanto, em decorrência do incêndio na Zona Azul, o evento foi cancelado.
Estar presente na COP30 para debater as questões relacionadas ao Pantanal representa não apenas uma oportunidade de levar ao mundo as singularidades e desafios deste bioma único, mas também reafirma a importância de reconhecer e valorizar os modelos de atividades econômicas tradicionais, desenvolvidos ao longo de séculos, que podem ser aliados essenciais na construção de um futuro mais sustentável para a região.
Essa participação reforça o papel do Pantanal como um laboratório vivo de práticas integradas que conjugam conservação ambiental, desenvolvimento econômico e bem-estar social, demonstrando ao mundo que a sustentabilidade pode e deve ser construída a partir das especificidades locais para gerar impactos positivos.