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O empreendedorismo veio de família. Aos 14 anos, Jeilly Viviane Ribeiro, começou a ajudar o pai em sua empresa de construção civil no sul da Bahia. Além disso, passou também a ajudar na administração da fazenda da família. Quando o pai faleceu, passou a tocar, com 19 anos, não só os dois negócios, bem como também uma pousada recém iniciada por ele, na praia do Sargi. Junto com a mãe e os três irmãos, não deixaram a peteca cair, e seguiram com os negócios. “A pousada tinha quatro quartos inacabados e conseguimos completar os 11”, comenta Jeilly.
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Olhando para além do horizonte dos negócios familiares, a jovem, nascida em Itabuna, estudou agronomia e realizou o sonho de começar a atuar na sua profissão em uma das mais importantes instituições da sociedade civil do extremo sul baiano, o Instituto Floresta Viva. Ali, seu aprendizado anterior na área administrativa, garantiu a ela a oportunidade de contribuir com a organização, que tem o objetivo promover o desenvolvimento humano conservando a natureza. E foi a partir desse contato que ela conheceu o Mestrado da ESCAS.
“Fui em busca de mais conhecimento com o foco de apoiar a organização em captação de recursos para a sua área de atuação. E o mais interessante e importante para mim, foi ter essa possibilidade de estudar aqui na Bahia mesmo, e ter acesso a um conteúdo bastante diferenciado que eu não encontrei em outro lugar”, afirma ela, que foi aluna da primeira turma do Mestrado Profissional do Sul da Bahia, em 2011.
Conhecimento que transforma vidas
A vontade de empreender em um negócio próprio voltado para a área da agronomia cresceu com o passar do tempo e com o conhecimento obtido com o curso. Após se tornar Mestre em Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável, junto com o marido, Jeilly criou sua própria empresa, a Polímata Ambiental. Atuando no extremo sul da Bahia, com parceiros e clientes, o trabalho de Jeilly tem impactado positivamente a região por meio de diversos projetos em busca do desenvolvimento local.
“Temos atuado promovendo qualidade de vida ao produtor rural. Em um dos projetos, em parceria com a Fibria, conseguimos resgatar pessoas em vulnerabilidade e propor uma nova alternativa de renda na zona rural. A região sofreu com muito trabalho escravo e infantil a partir do uso do eucaplito para fazer carvão. Os moradores das áreas ao redor das fazendas da empresa não tinham muitas oportunidades de renda e queimavam o eucalipto para vender de forma clandestina, obtendo pagamentos muito baixos ou trocando por drogas, o que aumentava ainda mais o risco social dessas famílias. Com nossos projetos de agroecologia, conseguimos transformar realidades, melhorando não só a questão da renda como a qualidade do alimento”, conta.
Com assistência técnica e acompanhamento, os moradores e pequenos produtores passaram a ter conhecimento sobre como realizar plantios com bases agroecológicas em benefício da comunidade e para geração de renda familiar. Também passaram a compreender melhor como acessar as políticas públicas para ampliar a capacidade de ganhos com o trabalho na terra.
“Começamos o trabalho com 168 famílias em oito comunidades. Hoje estamos com 25 associações, que impactam diretamente 850 famílias nas cidades de Caravelas, Nova Viçosa, Teixeira de Freitas e Alcobaça. Não existia nenhuma associação legalizada ou que se beneficiava dos contratos com a prefeitura. Hoje, oito delas já acessam esses benefícios, como o fornecimento de alimentos de qualidade para o programa de aquisição de alimentos. Levar o conhecimento a essa população gerou, além de renda, um empoderamento com relação aos seus direitos, deveres e oportunidades, que antes eles não tinham”.
Em muitos trabalhos com as comunidades locais, Jeilly utiliza as referências e técnicas aprendidas ao longo da sua formação no mestrado e ainda mantém contato com os professores para troca de ideias e desenvolvimento de suas atividades.
“Encontrei no curso uma grande generosidade da transferência de conhecimento. Todos os materiais possíveis e contatos eram transferidos para nós. Quando você tem acesso ao conhecimento e a produtos de qualidade, seu crescimento só depende de você. Ainda acesso professores que ficam como referência e cases relacionados ao trabalho com comunidades e processos participativos que, cinco anos depois, são ainda bastante úteis na minha vida profissional”.
Para Jeilly, o trabalho para a transformação socioambiental no sul da Bahia ainda tem muito a caminhar. Além do trabalho direto com as comunidades, a empresa presta serviços de outorga e cadastros rurais, mas a aposta para os próximos anos é apoiar o desenvolvimento local a partir do crescimento da produção de cacau entre os pequenos e médios produtores, além do produtor familiar.
“Temos visto o cacau como um mercado emergente e existe uma lacuna na assistência técnica para essa produção. Essa é a grande cultura da região. Em média, são produzidas de 10 a 14 arrobas do produto por hectare, mas com tecnologia apropriada, conseguimos chegar a 120 arrobas por hectare. Isso não é feito ainda por falta de assistência técnica”, conclui.
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