Cerca de 45 pessoas, jovens, mulheres e lideranças comunitárias participaram, de 08 a 12 de agosto, do “Curso de Monitoramento Participativo de Quelônios Aquáticos”, promovido pelo IPÊ e ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
Realizado no Parque Nacional do Jaú (Base Carabinani, no Amazonas), o curso capacitou moradores das comunidades residentes e do entorno do próprio Parna Jaú, da Reserva Extrativista do Rio Unini, e do Parque Estadual Rio Negro Setor Norte, para a realização do monitoramento de quelônios a partir do uso de protocolo do Programa de Monitoramento in situ da Biodiversidade do ICMBio.
“A capacitação é uma das estratégias para envolver os comunitários na gestão das Unidades de Conservação (UCs) onde vivem. Os participantes são monitores dos recursos naturais e estão diretamente envolvidos na gestão da UC. Eles também são agentes difusores dessa informação estimulando o envolvimento da comunidade nessa tarefa”, explica Cristina Tófoli, pesquisadora do IPÊ. O monitoramento prático no dia a dia, segundo ela, terá acompanhamento do IPÊ e ICMBio em seu início, até que os comunitários possam realizá-lo sozinhos.
Ao longo das aulas, os participantes também tiveram a oportunidade de trocar experiências entre iniciativas de monitoramento e pesquisa que ocorrem na região, passo importante para a implementação do Programa de Monitoramento Participativo da Biodiversidade em UCs.
O curso foi organizado por meio do Projeto “Monitoramento Participativo da Biodiversidade em Unidades de Conservação da Amazônia”, desenvolvido pelo IPÊ e ICMBio/Ministério do Meio Ambiente (MMA), com apoio da Cooperação Técnica Alemã – Deutschen Gesellschaft Für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) e Gordon and Betty Moore Foundation. O objetivo do projeto é contribuir com a conservação da biodiversidade e gestão das UCs, por meio das informações geradas a partir do monitoramento com envolvimento da população local e instituições parceiras. “Para isso, promovemos atividades de articulação e validação do projeto, identificação dos alvos de monitoramento e coleta de dados, tudo com a participação das comunidades”, complete Cristina.
A capacitação de agosto contou com a colaboração do Projeto Pé-de-Pincha/UFAM, Centro Estadual de Unidades de Conservação (CEUC), Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Répteis e Anfíbios (RAN) e da pesquisadora convidada Virgínia Bernardes (Projeto Tartarugas da Amazônia, Inpa).