Assessoria de Comunicação Funai/IPAM/IPÊ
Povos Indígenas enfrentando a mudança do clima é o nome da cartilha que já está disponível às comunidades indígenas, aos servidores que trabalham diretamente com os povos e demais interessados na temática. A produção é uma parceria entre a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o IPAM – Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia e o IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, com apoio da Hivos, do Fundo Amazônia e Fundação Moore. O material, em versão online, reúne informações e discussões sobre as mudanças do clima, as políticas climáticas e o mecanismo de Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD+).
Para a diretora de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável da Funai, Lucia Alberta, a cartilha é um importante material “que mostra claramente como os povos indígenas criam estratégias de resiliência para enfrentar e ajudar nos efeitos das mudanças climáticas”.
“Em ano de COP 30, o documento se faz ainda mais importante, pois retrata como os povos indígenas são importantíssimos para o enfrentamento dos desafios climáticos como enchentes, secas e queimadas, exatamente pelos seus conhecimentos e modos de viver, mesmo sendo os principais impactados”, complementa a diretora.
O documento está sendo produzido desde 2024, segundo a Coordenadora de Política Ambiental (Copam) da Coordenação Geral de Gestão Ambiental (CGGAM), ligada à Diretoria de Promoção do Desenvolvimento Sustentável (DPDS)/Funai, Luana Almeida.
“O material surgiu da necessidade dentro de diversos cursos já realizados pela Funai e diversos parceiros sobre políticas climáticas, povos indígenas e o REDD+. Além disso, ajuda a lidar com as problemáticas da implementação dos mecanismos de REDD+, seja nos projetos privados ou nos programas jurisdicionais, que é uma demanda muito grande e concreta na Funai”, reforça Luana.
A pesquisadora do IPAM, Martha Fellows, lembra que a cartilha começou a ser pensada como um material didático para complementar o processo formativo voltado para os servidores da Funai que atuam em territórios indígenas da Amazônia brasileira.
“Como fruto dessa parceria, surgiu a ideia de atualizar o conteúdo passado no curso e disseminar a informação para outros que não puderam estar presentes”, explicou.
Para a coordenadora executiva da iniciativa LIRA/IPÊ, Neluce Soares, o documento embora construído para orientar servidores, é uma publicação que pode ser usada para conscientizar todos os públicos, já que possui uma linguagem acessível.
“A cartilha foi construída por várias mãos e tem um conteúdo técnico importante. Ela foi pensada para subsidiar os servidores da Funai, indígenas e demais membros da sociedade interessadas, de modo que tenham informações ao orientar ou construir normativas sobre o tema”, disse.
Cartilha
A cartilha, que contém 61 páginas com textos, gráficos e fotografias, traz conceitos básicos sobre mudança do clima, contextualização em relação às negociações da pauta como as Conferências das Partes (COPs), além de como os povos indígenas ajudam a manter viva as florestas, e ainda instruções sobre o REDD+ que é um mecanismo criado para auxiliar o financiamento da conservação das florestas. E, assim, busca difundir informação para enfrentar às mudanças climáticas.
O documento nasceu a partir de um curso de formação realizado em abril de 2024, voltado para servidores da Funai que atuam na Amazônia Legal, bem como nas Coordenações-Gerais da sede, em Brasília. No curso, foram trabalhados temas com os servidores das Coordenações-Gerais da sede, em Brasília, e foram trabalhados temas como: justiça climática; perdas e danos; políticas públicas climáticas nas esferas internacional, nacional e estadual; instâncias de governança; REDD+ jurisdicional; mercado voluntário de carbono; salvaguardas de REDD+; repartição de benefícios; protocolos de consulta; dentre outros.
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