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O IPÊ acaba de lançar o Atlas do Sistema Cantareira. A publicação sintetiza os resultados de muitos anos da atuação do Instituto na região de influência do Sistema Cantareira, entre eles a criação de um banco com informações geoespaciais com mapas de alta resolução sobre o uso do solo, a hidrografia, o relevo e os remanescentes de Mata Atlântica. O download do material pode ser realizado no LINK.
Uma das organizações mais atuantes no cenário do Sistema Cantareira, o IPÊ tem como foco de atuação a proteção dos recursos hídricos em municípios que influenciam a qualidade da água no sistema. Ações como combate a erosão e produções sustentáveis junto com produtores rurais, reflorestamento e educação ambiental estão no escopo deste trabalho. O Atlas traz informações relevantes dentro deste contexto como as áreas prioritárias para conservação e restauração; áreas mais vulneráveis a processos erosivos; e áreas com maiores passivos ambientais, relacionados à ausência de APPs (Áreas de Preservação Permanente). A publicação contém também informações socieconômicas das populações dos 12 municípios que compõem o Sistema Cantareira, a partir de levantamentos de campo e de dados secundários.
“Acreditamos que esse trabalho será especialmente útil para o planejamento futuro dessa região, fornecendo as bases para criarmos os melhores cenários, que aliem a conservação da biodiversidade com o desenvolvimento sustentável, permitindo ao mesmo tempo a manutenção dos serviços ecossistêmicos e a produção responsável no meio rural”, afirma Alexandre Uezu, coordenador de projetos e organizador da publicação.
O Sistema Cantareira tem hoje um déficit de 35 milhões de árvores, de acordo com dados do IPÊ. As árvores seriam um dos caminhos mais importantes para se conquistar segurança hídrica na região onde 60% das APPs, que deveriam ser florestas, por lei, estão tomadas por eucalipto ou pasto. O Instituto é responsável pelo plantio de 300 mil árvores em áreas de mananciais, um passo importante para a conservação local, mas ainda insuficiente perto da necessidade. Além disso, testou e aprovou modelos de manejo de pastagem ecológica, que trazem benefícios para a água e para a produção rural, mostrando que conservação e produção podem caminhar em conjunto.
Produção do Atlas
A produção dos dados e ideias originais do Atlas se desenvolveram no contexto de dois projetos do IPÊ: o projeto Embaúba: recuperação de áreas degradadas no corredor Cantareira-Mantiqueira, que recebeu o apoio do Funbio e o projeto Semeando Água, patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental.
Após esta fase inicial de coleta de dados e tratamento das informações que viraram mapas, a produção dos textos se deu através do braço de educação do IPÊ, a ESCAS – Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade.
Parte dos textos foram produzidos por alunos de duas turmas em uma disciplina do Mestrado Profissional da escola intitulada Resolução de Desafios. Para isto contaram com a contribuição de professores e pesquisadores do IPÊ.
“Foi um trabalho escrito a várias mãos, o que o enriquece ainda mais. O Atlas traz o apelo único da transformação dessa região ímpar, que tem sua importância justificada por inúmeros atributos relacionados à cultura do seu povo, à riqueza de sua fauna e flora e à abundância dos recursos naturais”, complementa Alexandre, um dos professores da disciplina.
As versões impressas serão distribuídas gratuitamente para tomadores de decisão locais e proprietários rurais interessados nos dados.
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