Pular para o conteúdo
  • IPÊ
    • Sobre o IPÊ
    • Missão
    • Nosso Credo
    • Governança
    • Staff Senior
    • Ipeanos
    • Estratégias
    • Apoiadores e Parceiros
    • Prêmios
    • Imprensa
    • Onde Estamos
    • Nossos Resultados
    • Relatórios Anuais
    • Seja nosso Parceiro
  • Doe Agora
    • Doe Florestas
    • Por que doar?
    • Arredonde Suas Compras
    • Doe com PayPal ou Conta Corrente
    • Doações internacionais
    • Adote uma Espécie
    • Proteja o Sistema Cantareira
  • Notícias
    • Últimas Notícias
  • Projetos
    • Baixo Rio Negro
    • Nazaré Paulista
    • Pantanal e Cerrado
    • Sul da Bahia
    • Pontal do Paranapanema
    • Projetos Temáticos
      • Voluntariado para Conservação
      • Pesquisa e Desenvolvimento / P&D
      • Áreas Protegidas
      • Integração Escola e Comunidade
      • Projeto Escolas Climáticas
      • Paisagens climáticas
      • Centro de Educação e Cooperação Socioambiental para o Clima
  • Negócios Sustentáveis
    • Marketing Relacionado a Causas
    • Cases de MRC
    • Modelos de Parcerias
    • Iniciativas para Doação
  • Soluções em Educação
    • Escas
    • Mestrado Profissional
    • Pós-graduação
    • Cursos de Curta Duração
  • Publicações
    • Flora Regional
    • Boas Práticas em UCs
    • Atlas Cantareira
    • Artigos Científicos
    • Séries Técnicas, Guias e Outros Materiais
  • Estatuto
  • Código de Ética
  • Parcerias Públicas
  • Fale Conosco
  • Português

Na Mata Atlântica, um dos biomas mais ameaçados da América do Sul, o futuro da anta brasileira está em risco

8 de fevereiro de 2022 Por Cibele Quirino

Atualmente, ouvir dizer que uma espécie está em risco de extinção é corriqueiro. No caso da anta brasileira (Tapirus terrestris), está cientificamente comprovado que quase 100% das populações ainda existentes na Mata Atlântica da América do Sul correm risco de desaparecer no futuro próximo. A conclusão é do estudo The distribution and conservation status of Tapirus terrestris in the South American Atlantic Forest, publicado recentemente na revista Neotropical Biology and Conservation 

Os pesquisadores envolvidos alertam para a urgência da implementação de medidas que possibilitem o restabelecimento da conectividade entre as 48 populações identificadas, de forma a viabilizar a conservação da espécie no longo prazo. A espécie – conhecida como jardineira das florestas – tem um papel central na conservação da biodiversidade, por ser extremamente efetiva na dispersão de sementes de diversas plantas. Atualmente, a anta ocupa apenas 1,78% de sua distribuição original no bioma Mata Atlântica (encontrado no Brasil, Argentina e Paraguai), o que representa uma grande ameaça para o maior mamífero terrestre da América do Sul.

Todas essas informações estão no artigo assinado por Kevin Flesher, pesquisador do Centro de Estudos da Biodiversidade, Reserva Ecológica Michelin, Bahia, e Patrícia Medici, coordenadora da INCAB – Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira, projeto do IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, e presidente do Tapir Specialist Group (TSG) da International Union for Conservation of Nature (IUCN), Species Survival Commission (SSC).

 Credito Luiz Claudio Marigo

Crédito: Luiz Claudio Marigo

 

“Das 48 populações localizadas durante o estudo, entre 31,3% e 68,8% são demograficamente inviáveis (baixo número de indivíduos) e entre 70,8% e 93,8% das populações são geneticamente inviáveis (baixo fluxo gênico). Apenas 3-14 populações são ainda viáveis no longo prazo, quando considerados ambos os critérios. As evidências sugerem que com ações de conservação apropriadas, a anta brasileira poderia estar amplamente distribuída pela Mata Atlântica”, destaca Kevin Flesher.

Durante 15 anos (2005 a 2020), Kevin Flesher visitou 93 reservas na Mata Atlântica e analisou 217 compilações de dados e informações enviadas por especialistas com o objetivo de levantar dados para subsidiar ações de conservação focadas na sobrevivência da espécie no bioma.

Segundo o estudo, os estados de São Paulo e Paraná têm o maior número de populações remanescentes, 14 e 10, respectivamente. As duas maiores populações são encontradas na Província de Misiones, na Argentina (entre 1.000 e 6.000 indivíduos) e nas reservas contíguas do Iguaçu, no Paraná, e Turvo, no Rio Grande do Sul (entre 316 e 1.896 indivíduos). “Até onde foi possível investigar, não existem evidências de movimentação de antas entre as populações. Esses fragmentos de floresta estão imersos em uma paisagem bastante alterada,” revela Medici.

Para os pesquisadores, a distância entre os fragmentos por si só não justifica a dificuldade. “A anta é uma espécie bastante capaz de percorrer longas distâncias, de 3 a 9 km/dia, mas a questão central está na ocorrência de diversas ameaças. Por conta da pressão de caça – principal causa histórica do declínio das antas no bioma – e dos atropelamentos em rodovias, esse animal desapareceu de seu habitat adequado em grande parte de sua distribuição, o que compromete as expansões populacionais e a conectividade interpopulacional, mesmo quando as distâncias entre as populações são pequenas,” pontua Flesher.

Quanto às rodovias, em especial, trata-se de um obstáculo bastante limitante no que diz respeito ao acesso das antas a florestas com habitat adequado. “Por exemplo, o intenso tráfego da rodovia BR-101 (que atravessa a Mata Atlântica brasileira de norte a sul) é uma armadilha mortal para a vida selvagem. Antas morrem regularmente em tentativas de travessia. Atropelamentos também estão entre as principais causas de mortalidade de antas no Parque Estadual Morro do Diabo, no extremo Oeste Paulista,” exemplifica Medici.

O licenciamento e construção de rodovias e o consequente aumento do tráfego de veículos representam ameaça inclusive para as maiores populações com potencial de persistência de longo prazo, como aquelas encontradas na Província de Misiones, na Argentina, e na Serra do Mar, no sudeste/sul do Brasil. “Atropelamentos são importante causa de mortalidade em seis das oito reservas onde rodovias atravessam populações de anta, e a expansão da malha viária do país ameaça causar fragmentação populacional em pelo menos quatro populações: (Sooretama/FIBRIA/Vale, Espírito Santo; Parque Estadual da Serra do Mar, Serra Paranapiacaba / Jurupará, São Paulo; Corredor Verde Misiones, Argentina),” ressalta Flesher.

Encontrar maneiras que permitam às antas atravessar rodovias com segurança é uma prioridade urgente para a conservação. “Sem uma mudança fundamental no apoio às áreas de conservação, não há garantia para o futuro da anta bem como de outras espécies na Mata Atlântica,” afirma Flesher. A perda de uma única anta tem alto impacto sobre a população. “As antas têm baixo potencial reprodutivo, incluindo um ciclo reprodutivo bastante longo com o nascimento de um único filhote após uma gestação de 13-14 meses e intervalos entre nascimentos de até três anos. Nossas simulações populacionais mostram claramente que no caso de pequenas populações, mesmo a perda de um único indivíduo/ano pode levar rapidamente à extinção local de uma população,” diz Medici.

“A despeito de todos os desafios ainda presentes para a conservação da anta, a grande maioria das populações parece estar estável ou aumentando e o status da espécie na natureza é melhor quando comparado aos primeiros esforços para proteger a espécie algumas décadas atrás,” finaliza Kevin Flesher.

 

 

Categorias Notícias
Conheça o trabalho realizado por aluno da ESCAS na Fundação de Meio Ambiente do Pantanal
Grupo de especialistas trabalha por desenvolvimento sustentável no Pantanal

Deixe um comentário Cancelar resposta

Posts Recentes

  • REFLORA realiza oficina para fortalecer negócios sustentáveis da Amazônia 
  • ESCAS-IPÊ assina cooperação com Fundação Matias Machline para Mestrado
  • Governo federal assina decreto que estabelece a nova Estratégia e Plano de Ação Nacionais para a Biodiversidade (EPANB)
  • IPÊ, Esalq-USP e Imperial College lançam recomendações para a implementação do PLANAVEG 2025-2028 junto a proprietários rurais 
  • Campeonato de futebol em Reserva da Amazônia ajuda na restauração do bioma com apoio do projeto REFLORA

Publicações

  • junho 2025
  • maio 2025
  • abril 2025
  • março 2025
  • fevereiro 2025
  • janeiro 2025
  • dezembro 2024
  • novembro 2024
  • outubro 2024
  • setembro 2024
  • agosto 2024
  • julho 2024
  • junho 2024
  • maio 2024
  • abril 2024
  • março 2024
  • fevereiro 2024
  • janeiro 2024
  • dezembro 2023
  • novembro 2023
  • outubro 2023
  • setembro 2023
  • agosto 2023
  • julho 2023
  • junho 2023
  • maio 2023
  • abril 2023
  • março 2023
  • fevereiro 2023
  • janeiro 2023
  • dezembro 2022
  • novembro 2022
  • outubro 2022
  • setembro 2022
  • agosto 2022
  • julho 2022
  • junho 2022
  • maio 2022
  • abril 2022
  • março 2022
  • fevereiro 2022
  • janeiro 2022
  • dezembro 2021
  • novembro 2021
  • outubro 2021
  • setembro 2021
  • agosto 2021
  • julho 2021
  • junho 2021
  • maio 2021
  • abril 2021
  • março 2021
  • fevereiro 2021
  • janeiro 2021
  • dezembro 2020
  • novembro 2020
  • outubro 2020
  • setembro 2020
  • agosto 2020
  • julho 2020
  • junho 2020
  • maio 2020
  • abril 2020
  • março 2020
  • fevereiro 2020
  • janeiro 2020
  • dezembro 2019
  • novembro 2019
  • outubro 2019
  • setembro 2019
  • agosto 2019
  • julho 2019
  • junho 2019
  • maio 2019
  • abril 2019
  • março 2019
  • fevereiro 2019
  • janeiro 2019
  • dezembro 2018
  • novembro 2018
  • outubro 2018
  • setembro 2018
  • agosto 2018
  • julho 2018
  • junho 2018
  • maio 2018
  • abril 2018
  • março 2018
  • fevereiro 2018
  • janeiro 2018
  • dezembro 2017
  • novembro 2017
  • outubro 2017
  • setembro 2017
  • agosto 2017
  • julho 2017
  • junho 2017
  • maio 2017
  • abril 2017
  • março 2017
  • fevereiro 2017
  • janeiro 2017
  • dezembro 2016
  • novembro 2016
  • outubro 2016
  • setembro 2016
  • agosto 2016
  • julho 2016
  • junho 2016
  • maio 2016
  • janeiro 2016
  • dezembro 2015
  • novembro 2015
  • outubro 2015
  • setembro 2015
  • agosto 2015
  • julho 2015
  • junho 2015
  • maio 2015
  • abril 2015
  • março 2015
  • fevereiro 2015
  • janeiro 2015
  • dezembro 2014
  • novembro 2014
  • outubro 2014
  • setembro 2014
  • agosto 2014
  • julho 2014
  • junho 2014
  • maio 2014
  • abril 2014
  • março 2014
  • fevereiro 2014
  • janeiro 2014
  • dezembro 2013
  • novembro 2013
  • outubro 2013
  • setembro 2013
  • julho 2013
  • junho 2013
  • maio 2013

Categorias

  • Áreas Protegidas
  • Baixo Rio Negro
  • Boas Práticas
  • Cases de MRC
  • Centro de Educação e Cooperação Socioambiental para o Clima
  • COP-16 Agenda
  • COP16
  • Cursos
  • Depoimentos
  • Doe
  • Home
  • Iniciativas para Doação
  • IPÊ
  • IPÊ
  • Não categorizado
  • Negócios Sustentáveis
  • Notícias
  • Paisagens Climáticas
  • Pesquisa e Desenvolvimento
  • Pontal do Paranapanema
  • Projetos
  • Projetos Temáticos
  • publicacoes
  • ra.2022
  • Relatórios Anuais
  • Uncategorised

Onde Estamos

Rod. Dom Pedro I, km 47
Nazaré Paulista, SP, Brasil
Caixa Postal 47 – 12960-000
Tel: (11) 3590-0041

Mapa para o IPÊ
Escritórios

Redes Sociais

  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Youtube
  • Linkedin

Política de Privacidade
Ouvidoria

Termos de Uso | Estatuto
Copyright © Ipê – Instituto de Pesquisas Ecológicas.
Email: ipe@ipe.org.br

plugins premium WordPress
  • Português