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Na última semana de julho, nos dias 27 e 28, quatro monitores participaram da Capacitação Online para o Monitoramento do Pirarucu na região do Médio Juruá. O curso integra as ações de acompanhamento do IPÊ dentro do projeto Monitoramento Participativo da Biodiversidade (MPB) e do Programa Monitora/ICMBio. A capacitação teve como objetivo apresentar o protocolo de monitoramento do pirarucu e as orientações relativas ao preenchimento dos formulários com informações sobre a espécie, os ambientes de manejo e pesca.
O monitoramento da biodiversidade também passa por uma série de adequações no contexto da pandemia. Desde março, por conta do isolamento social, como forma de dar continuidade ao trabalho, o IPÊ segue em contato com as comunidades de maneira remota.
Os participantes do curso são da Reserva Extrativista (Resex) do Médio Juruá e da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Uacari, ambas Unidades de Conservação da natureza (UCs) no Amazonas. Para a realização do curso online, os monitores da comunidade São Raimundo (Resex Médio Juruá) contaram com acesso à internet na própria comunidade. Já os monitores da RDS Uacari participaram do curso na base da FAS – Fundação Amazônia Sustentável, na comunidade Bauana.
Para Maria Cunha, monitora da comunidade São Raimundo (Resex Médio Juruá), esse trabalho de monitoramento é estratégico e tem potencial de trazer ainda mais benefícios para todos os envolvidos. “Os monitores locais têm mais intimidade para falar com os manejadores e obter as informações do manejo do pirarucu. O manejo precisa de um protocolo de monitoramento para auxiliar na organização do manejo do pirarucu. Toda semente que se planta no Médio Juruá cresce muito bem, acredito que o protocolo será assim também”.
O que é o protocolo do pirarucu?
É um dos Protocolos que compõem o Subprograma Aquático Continental do programa MONITORA (IN nº 03 de 04/09/17), que consiste em um roteiro seguido pelos monitores que fazem levantamentos sobre a biodiversidade pelo MPB – Monitoramento Participativo da Biodiversidade, do IPÊ, e programa Monitora/ICMBio. O protocolo foi criado de forma participativa, com apoio de gestores de UCs do ICMBio e SEMA – Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Amazonas, manejadores de pirarucu, analistas ambientais do IBAMA, pesquisadores e técnicos do IPÊ e parceiros. O protocolo do pirarucu está em fase de teste e aprimoramento, com a participação dos grupos de manejo de quatro UCs e uma área de Acordo de Pesca (Resex Unini, Resex Baixo Juruá, Resex do Médio Juruá, RDS Uacari e Área de Acordo de Pesca do Baixo-Médio Juruá), que colocarão todas as etapas em prática. O resultado desse trabalho será o desenvolvimento de uma ferramenta padrão para avaliar o status da espécie e a eficiência ambiental, econômica e social do manejo sustentável de pirarucu.
Os protocolos existem para que seja possível criar padrões de observação de controle capazes de serem comparados ao longo do tempo.
Sobre o projeto MPB
A atividade faz parte da parceria entre IPÊ e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), por meio do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Amazônica (CEPAM), que faz parte do Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade (MONITORA), Subprograma Aquático Continental.
A iniciativa é uma atividade do projeto de “Monitoramento Participativo da Biodiversidade em Unidades de Conservação da Amazônia”, desenvolvido pelo IPÊ em parceria com o ICMBio, com apoio de Gordon and Betty Moore Foundation e USAID.
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