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Com apoio de um fundo de conservação da empresa inglesa de cosméticos LUSH (Sustainable LUSH Fund), o IPÊ implementou mais 12 ocos artificiais em fragmentos da Mata Atlântica no Pontal do Paranapanema para serem usados por micos-leões pretos (Lentopithecus chrysopygus).
Os ocos estão sendo testados desde 2017 em áreas florestais da região, a fim de servirem como abrigos temporários para os micos. Diante das respostas positivas obtidas, em breve, os abrigos serão implementados também no corredor de Mata Atlântica do Oeste Paulista. O corredor é o maior do Brasil e foi plantado pelo IPÊ para conectar o Parque Estadual Morro do Diabo (PEMD) à Estação Ecológica Mico-Leão-Preto (ESEC-MLP). Apesar de pesquisas já indicarem que existe alimentação disponível para os micos no corredor, como frutas e insetos, as árvores ainda são muito recentes e não têm ocos naturais formados, que são usados pela espécie como abrigo e dormitório. Assim, as caixas de madeira poderão fazer essa função e ajudar a monitorar o comportamento da espécie na área.
Juntamente com os ocos artificiais, a equipe instala armadilhas fotográficas para monitoramento do uso pelos micos e do seu comportamento. Resultados preliminares já indicam o uso das caixas não somente pelos micos, mas por outros animais arborícolas ou que utilizam a copa das árvores, tais como roedores, marsupiais e aves. São pelos menos 12 espécies registradas até o momento em 131 vídeos gravados pelas armadilhas fotográficas.
O programa de conservação do mico e a utilização dos ocos artificiais foram apresentados pela pesquisadora e coordenadora Gabriela Cabral Rezende, no final do mês de setembro, no evento Show Case, da LUSH, em Manchester, Reino Unido. “Passaram por lá mais de duas mil pessoas, que ouviram sobre nosso projeto e o que vamos realizar com o recurso doado pela empresa. Além dos ocos dos micos, também estamos trabalhando com restauração através da condução da regeneração de florestas para a formação do corredor norte. Este é o próximo passo para a continuidade da implementação dos corredores da Mata Atlântica, que reconectam a paisagem tirando animais do isolamento e aumentando suas chances de sobrevivência”, afirma Gabriela.
O trabalho com ocos artificiais é feito em parceria com o Durrell Wildlife Conservation Trust e o Laboratório de Primatologia (LaP) da UNESP Rio Claro (SP). Em 2018, recebeu também apoio do Disney Conservation Fund.
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