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Em uma parceria com a Umapaz e Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, o IPÊ realizou um dia inteiro de atividades gratuitas no dia 24 de agosto, durante a Virada Sustentável São Paulo, que promoveu em quatro dias mais de 600 atrações espalhadas pela cidade. O evento, que vem reunindo milhares de pessoas a cada edição, promove uma programação recheada de shows, exposições, instalações, palestras, aulas de meditação, cinema ao ar livre, entre outras atividades, todas abertas e gratuitas ao público.
No espaço da Umapaz, o IPÊ realizou três atividades gratuitas. A primeira delas, um game intitulado Sustentabilidade em Jogo: O Sistema Cantareira na sua Vida. Por meio de um jogo de tabuleiro, os jogadores foram convidados a momentos de reflexão, percepção e resolução de desafios sobre tudo o que afeta a região que influencia o Sistema Cantareira de abastecimento. O sistema é um dos mais importantes do mundo e sofre com a falta de áreas verdes, degradação do solo e uso insustentável dos recursos hídricos. “O jogo é uma maneira lúdica e leve de falar sobre um problema que temos que é o uso do solo na região do Sistema Cantareira. É uma forma de popularizar o tema, de as pessoas refletirem um pouco mais sobre seu papel na conservação da água e conhecerem um pouco mais dos desafios socioambientais que afetam a todos nós. Levamos essa metodologia a vários lugares, até mesmo empresas, para que eles possam discutir assuntos relacionados à sustentabilidade, de uma maneira leve e participativa”, explica Andrea Peçanha, moderadora do jogo.
Outra atração do dia foi a palestra sobre Negócios Socioambientais de Sucesso, do empreendedor social Fabio Takara. Fabio compartilhou com o público alguns conceitos sobre o que são os negócios socioambientais e como eles podem gerar lucro e, ao mesmo tempo, levar benefícios para a sociedade e para o meio ambiente. “As empresas estão mudando o foco de terem apenas o lucro como medida para sua atuação. Estão investindo também em responsabilidade socioambiental. Ao mesmo tempo, as pessoas, seus clientes, estão a cada dia atentas para isso, para marcas que valorizam essas questões. Negócios socioambientais são tendência no mundo todo, não são uma moda passageira”, comenta ele, que criou a Firgun, uma plataforma que une empreendedores a investidores, permitindo acesso a empréstimos com juros mais baixos. “Temos alguns casos de grande sucesso que começaram com um empréstimo via Firgun. São pessoas que não conseguem captar esse empréstimo via bancos tradicionais, (ou, se conseguem, os juros ficam inviáveis), mas que, a partir do nosso negócio, estão transformando suas realidades e movimentando a economia do país”, comentou.
Para fechar o dia, o IPÊ movimentou as pessoas em um jogo dinâmico sobre a Amazônia. Em pares, os participantes conheceram mais sobre este bioma, as populações que ali vivem, as ações do IPÊ na região, e a biodiversidade da floresta. O desafio sensorial foi uma dos momentos que mais chamou atenção dos participantes, que precisaram identificar, de olhos vendados, os cheiros e sabores de produtos originários da floresta Amazônica.
A discussão sobre conservação da floresta e sobre as queimadas em vários estados, que afetaram inclusive áreas do sudeste do país na segunda quinzena de agosto, foram tema das discussões e reflexões entre os participantes.
Outro ponto que surpreendeu os participantes foi a questão levantada pelo jogo sobre as populações ribeirinhas e tradicionais.
“Mais de 20 milhões de pessoas vivem na Amazônia, têm seus modos de vida, cultura, seus sonhos… a Amazônia não é só a floresta que povoa o imaginário que o restante do país tem dessa área”, comentou a moderadora Neluce Soares, do IPÊ.
“Para mim o jogo foi muito importante. Uma das coisas que achei mais legal dessa atividade, foi a de ter despertado uma visão totalmente diferente da que eu estava tendo sobre a Amazônia. Por causa das queimadas que aconteceram essa semana, muito se debateu sobre o que a Amazônia afeta pra gente, aqui no Sudeste, como isso afeta o mundo, mas fala-se muito pouco sobre as pessoas que moram lá, que dependem da floresta e que são afetadas diretamente”, afirmou Carolina Chalita, estudante da Poli-USP.
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