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Artigo: A mulher na conservação de espécies e a educação ambiental

24 de agosto de 2020 Por Paula Piccin

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Por Suzana Padua
Íntegra em Fauna News

 

mary pearlAs mulheres precisam ter muita garra para irem a campo em trabalhos de conservação de espécies. Por isso as admiro tanto e sei que merecem aplausos. As razões são inúmeras: terem que lidar com os afazeres da casa, que com raras exceções não recaem sobre elas; não mostrarem fraquezas junto às equipes com quem trabalham, inclusive, ou principalmente, aos mateiros; estarem prontas para novos desafios como longas caminhadas em matas fechadas ou dias expostas a intempéries da natureza, que podem ser chuvas torrenciais, sol a pino, frio ou calor demasiado; e precisam se dispor a encarar falta de conforto. Tudo isso só é possível se houver paixão pela causa que defendem.

Devo reconhecer algumas que sempre me impressionaram. Ressalto poucas, mas são muitas as mulheres extraordinárias que se dedicam a salvar espécies, ecossistemas e elementos da natureza. Jane Goodall, por exemplo, é o ícone máximo no cenário internacional, cuidando de chimpanzés, carismáticos como ela. Mas existem outras que conheci e que se destacaram com trabalhos incríveis, como Mary Pearl (foto), que pesquisou macacos Rhezus em condições abusivas de frio intenso no Paquistão. Na época, o país estava em guerra, que só não a atingiu porque seu estudo era nas montanhas, embrenhada nas matas. Com a bagagem que adquiriu, liderou por anos a Wildlife Trust Alliance, instituição que reuniu diversas organizações conservacionistas espalhadas pelo mundo, como a nossa, o IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, sendo muitas também capitaneadas por mulheres.

Estrangeiras no Brasil temos alguns exemplos inspiradores. Lou Ann Dietz, que trabalhou e ainda é fervorosa defensora dos micos-leões-dourados, foi minha mentora quando ingressei na área da educação ambiental vinda de outro campo profissional. Ela, na verdade, foi um marco na formação de muitos educadores ambientais no Brasil, compartilhando metodologias e estratégias até então novas no país e que foram de extrema importância, principalmente no que concerne o envolvimento de comunidades locais na conservação. Utilizou uma espécie-bandeira, no caso o mico-leão-dourado, para aumentar o orgulho e a vontade de engajamento das pessoas em causas socioambientais.

Outro exemplo de estrangeiras no Brasil é Karen Strier, que vem dedicando sua vida aos muriquis e já orientou diversos brasileiros e brasileiras na primatologia, deixando um belo legado de jovens profissionais aptos a novos desafios.

Com personalidade forte, lembro bem da Devra Kleiman, conhecida por brigar por tudo que acreditava ser o melhor para os primatas, em particular para os micos-leões.

No Brasil, algumas conservacionistas de espécies específicas me vêm à mente com alegria e orgulho, como Neiva Guedes, que há décadas se dedica exemplarmente às araras-azuis do Pantanal. Presenciei o nascedouro de seu trabalho e a vi desabrochar como pesquisadora dessas aves que cativam a todos por sua rara beleza.

O mico-leão-dourado também conta com brasileiras que vêm dedicando suas vidas pela conservação da espécie, como Cecilia Kierulff, Andreia Martins e Nandia Xavier. Os micos-leões-dourados têm nelas aliadas fiéis à sua conservação, cada uma atuando em campos distintos pela proteção da espécie e seu habitat.

No Amazonas tem várias, mas como meu foco é bem tendencioso à primatologia, ressalto a dedicação de Dayse Campista com o Saguinus bicolor (sauim-de-coleira), macaquinho carismático e cuja distribuição é exatamente onde foi implantada a cidade de Manaus e seu entorno. A espécie precisa mesmo de madrinha para ajudar na sua sobrevivência.

No IPÊ, temos muitas mulheres que admiro, mas duas em especial dedicam suas vidas a espécies. A Patrícia Medici trabalha incansavelmente pela conservação das antas brasileiras. Recebeu inúmeros prêmios e tem um Ted Talk com mais de um milhão de views, o que indica a qualidade de seu trabalho e sua paixão pelo tema. Recentemente, Patrícia e sua equipe, ao dissecarem antas atropeladas para estudar zoonoses e outros males que poderiam as estar afetando, descobriram que a maioria estava contaminada com agrotóxicos usados nas monoculturas do Cerrado e do Pantanal de Mato Grosso do Sul, alguns inclusive de uso proibido. Triste e ameaçadora descoberta, não só para a espécie, mas para outras que não estão sendo estudadas e que devem estar igualmente em risco, sem falar dos seres humanos da região.

Ainda no IPÊ, a Gabriela Rezende estuda o mico-leão-preto, espécie que deu origem à instituição. Aliás, o mico-leão-preto serviu de escola para muitos do IPÊ, como Cristiana Martins, Fabiana Prado e tantas outras e outros. Fabiana depois liderou por anos a fio a conservação do mico-leão-da-cara-preta, espécie descoberta no início da década de 1990, cuja região de abrangência é a costa do norte do Paraná e do sul de São Paulo. As condições de trabalho eram as mais desafiantes. Fabiana trabalhou frequentemente com lama até os joelhos, o que demostra paixão e determinação, para dizer o mínimo. Hoje, Cristiana coordena o programa de pós-graduação da Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade – ESCAS do IPÊ e Fabiana um grande projeto nosso na Amazônia, o LIRA – Legado Integrado da Região Amazônica.

Recentemente, Gabriela e Patrícia receberam Prêmios Whitley, considerado o “Oscar” da conservação. Gabriela vem inovando ao colocar “pousadas” para os micos, que são caixas de madeira nas árvores que ainda não contam com ocos por serem novas, para assegurar que eles tenham onde se abrigar à noite dos predadores. Com isso, os corredores de matas que o IPÊ vêm plantando no Pontal do Paranapanema (SP) agora podem ser amplamente usados pelos micos e outras espécies que dependem desse abrigo e as populações de um fragmento de floresta têm como migrar para outros fragmentos, aumentando as chances da formação de novos grupos, ampliando a população e evitando consanguinidade e seus efeitos deletérios que podem levar a extinções locais.

O mico-leão-preto há décadas conta com um programa integrado e contínuo de educação ambiental, já descrito em outro artigo no Fauna News. Esse foi meu tema de estreia nesse campo e até hoje o programa é liderado pela Gracinha, Maria das Graças de Souza, que sabe como cativar e envolver públicos diversos nas temáticas socioambientais.

As educadoras ambientais do Projeto Tamar certamente merecem reconhecimento, pois tornaram as tartarugas-marinhas em verdadeiros símbolos de orgulho regional. Hoje, o Tamar é reconhecido nacional e internacionalmente por sensibilizar milhares de pessoas que vivem ou visitam as costas brasileiras.

O próprio Fauna News conta com mulheres incríveis e gostaria de parabenizar a todas. Mais que congratulá-las, é agradecer a cada uma pelo valioso trabalho que desempenham. Além das mulheres desse grupo, existem muitas merecedoras de admiração e gratidão por estarem protegendo a riqueza natural que ainda existe no Brasil e no planeta.  Saiba mais aqui.

 

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