
A segunda edição da Sexta ConsCiência realizada na sede do Parque Estadual Morro do Diabo, em Teodoro Sampaio/SP, mobilizou, cerca de 70 pessoas – entre prestadores de serviços das áreas de plantio e manutenção de florestas, viveiristas comunitários, professores, representantes de instituições públicas e privadas. Com o tema Crédito de Carbono e Restauração Ecológica: Contribuições para o Desenvolvimento Socioeconômico e Local, o evento realizado em junho é uma iniciativa do projeto ARR Corredores de Vida, uma parceria entre IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas e a Biofílica Ambipar Environment.

Sexta ConsCiência é inspirada nas Manhãs com Ciência organizadas pelo IPÊ desde 2004, no Pontal do Paranapanema, no extremo Oeste Paulista, com o objetivo de compartilhar os desafios, avanços e aprendizados das pesquisas com todos os envolvidos; aproximando na prática a comunidade das ações realizadas pelo Instituto na região.
Com o nome de Sexta ConsCiência, a iniciativa vinculada ao projeto ARR Corredores de Vida – que compõe indicadores do escopo de Comunidade do projeto – segue na mesma direção das Manhãs com Ciência que responderam desde o início à demanda identificada durante as “Econegociações” (realizadas entre 2001 e 2004), em que a comunidade apontou a necessidade de conhecer melhor os projetos socioambientais do IPÊ na região e de saber como poderia colaborar. O projeto ARR Corredores de Vida prevê a realização de eventos como esse quatro vezes ao ano.
Esta edição da Sexta ConsCiência contou com a participação de Luísa Cotrim, especialista de inteligência de mercado da Biofílica Ambipar. Para Luísa ficou a experiência de conhecer de perto a região e as pessoas envolvidas no dia a dia do projeto. “Foi um privilégio poder conhecer o Pontal e as atividades de restauro do Corredores de Vida! A sexta consciência foi um evento com muita troca, onde pude contribuir com um pouco de conhecimento sobre o mercado de carbono e aprender bastante com os diversos atores envolvidos no projeto. Também foi muito gratificante ver os impactos reais às comunidades e à biodiversidade.”

O conteúdo compartilhado por Luísa surpreendeu Ivone Ribeiro Campos Félix, proprietária do Viveiro Floresta. “Eu não imaginava que a muda de árvore que planto traz tantos benefícios para o meio ambiente”.
Para Cristina Maria Baron, diretora da Faculdade de Ciências e Tecnologia – Campus Presidente Prudente – Unesp, a apresentação trouxe uma série de insights. “Saio desse evento com várias ideias para futuras parcerias entre IPÊ e UNESP”, disse entusiasmada.
No entanto, além do sequestro e estoque de CO2, outro fator que merece destaque quando o assunto é restauração florestal está relacionado ao desenvolvimento socioeconômico. Aline Souza, extensionista do IPÊ, destaca que a cadeia da restauração florestal vinculada aos projetos do IPÊ – que inclui empresas que atuam com plantio e monitoramento e viveiros de mudas nativas – geraram em 2022, 700 hectares restaurados, 93 empregos diretos, além da contribuição com a economia local. “Quando falamos em mercado de carbono não estamos falando de uma economia distante das comunidades que estão executando o projeto. O movimento econômico começa no local onde as florestas são plantadas”.
