Na primeira semana de junho, IPÊ e ICMBio realizaram na Reserva Extrativista (Resex) Tapajós Arapiuns o curso “Protocolos mínimos para o monitoramento participativo in situ da biodiversidade”. Foram quatro dias de aulas na comunidade de Anã, na própria Resex. Participaram 37 educandos vindos de nove comunidades da Resex, além de convidados do Serviço Florestal Brasileiro, interessados em conhecer os protocolos de monitoramento para alvos plantas lenhosas, mamíferos e aves e borboletas. A proposta do curso foi capacitar os comunitários para que eles desenvolvam atividades específicas de monitoramento e também integrem futuramente as equipes que realizam atividades de pesquisa nesta Unidade de Conservação (UC).
A iniciativa está vinculada ao projeto em parceria do IPÊ e ICMBio, chamado Monitoramento Participativo da Biodiversidade, do Programa de Monitoramento in situ da Biodiversidade em Unidades de Conservação. A ideia central do projeto é proporcionar conservação nas áreas protegidas da Amazônia, a partir de pesquisas que os próprios moradores dessas áreas realizam. Assim, a comunidade participa ativamente para a proteção das riquezas naturais locais, fazendo levantamentos de acordo com protocolos científicos e monitorando o status da biodiversidade.
“O curso é um momento de escuta, acolhimento de ideias e troca de conhecimento. Busca-se o cuidado com o espaço de aprendizagem, desenvolvimento dos educandos considerando seus talentos para fazer o monitoramento acontecer, além de instrumentalizá-los com informações técnicas e científicas como subsídio para emancipação das pessoas na gestão e manejo dos recursos naturais nas Unidades de Conservação”, explica Pollyana Figueira, do IPÊ.