Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira
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Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira

Detalhes
Pantanal e Cerrado
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Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira Muneo logo

O trabalho para a conservação da anta brasileira começou na Mata Atlântica e expandiu-se para o Pantanal e Cerrado, no Mato Grosso do Sul. São mais de 20 anos de trabalho que resultaram no mais completo e detalhado banco de dados, fundamental para planejar ações para a conservação da espécie. 

 

Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira

De 1996 a 2007, o IPÊ desenvolveu um programa de pesquisa e conservação da Anta Brasileira na Mata Atlântica do Pontal do Paranapanema (SP) que gerou um enorme banco de dados de informações sobre a espécie. Em 2008, o projeto evoluiu para uma uma abordagem nacional, para abranger mais biomas brasileiros. Assim, foi criada a Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira (INCAB).

O Pantanal passou a ser o foco de pesquisas sobre a anta a partir de 2008.  Na região do Mato Grosso do Sul as ameaças e problemáticas de conservação para a espécie são bastante diversas e nunca havia sido realizado um estudo de longo-prazo sobre a anta brasileira nesta área. Ali, o objetivo é obter dados de demografia, genética e saúde das antas, informações de uso de habitat e do mosaico de fragmentos naturais característicos, buscando estabelecer um programa de pesquisa e conservação de longo-prazo e subsidiar planos para a conservação da espécie na região.

Em 2015, o projeto expandiu para o Cerrado do Mato Grosso do Sul. A cerca de 300 quilômetros da capital Campo Grande, as pesquisas da avaliam o impacto de diferentes ameaças às antas no bioma, como o avanço da agricultura e pecuária sobre o hábitat, os agrotóxicos e a relação com a saúde das antas que vivem na área, além dos atropelamentos em rodovias que cortam o Estado, e que são uma grande ameaça à vida das espécies na região.

A Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira (INCAB) tem hoje o maior banco de dados sobre a espécie no mundo, e as metodologias de pesquisa e seus resultados apoiam cientistas que trabalham com variadas espécies de anta em vários países. Os dados são disponibilizados para ajudar na implementação de medidas que possam apoiar a proteção da espécie em todos os biomas brasileiros onde ela ocorre.

Frentes de atuação INCAB

  1. Pesquisa e Planejamento de Ações
    • Avaliar e monitorar densidade populacional: através de dois estimadores - rádio-telemetria (VHF tradicional e GPS - Telemetria Satelital) e a Técnica de Identificação de Pegadas (Footprint Identification Technique - FIT).
    • Descrever e mapear tamanho de área de uso (home range), tamanho de áreas de maior frequência de uso (core areas) e comportamento territorial: através de rádio-telemetria (VHF tradicional e GPS - Telemetria Satelital).
    • Descrever e mapear movimentações pela paisagem: A anta é uma “espécie paisagem” e informações sobre a maneira como ela usa o complexo mosaico de diferentes tipos de habitat do Pantanal (quando e porquê ela usa certos tipos de habitat, que tipo de recursos ela obtém em cada tipo de habitat etc.) serão cruciais para o desenvolvimento de recomendações de conservação e manejo efetivas, tanto para a anta, quanto para o bioma Pantanal como um todo.
    • Descrever aspectos de organização social e reprodução da espécie: através da utilização de camera-traps.
    • Avaliar e monitorar o status genético populacional: A informação sobre o status genético da anta no Pantanal vai gerar dados quantitativos sobre a distribuição da variação genética dentro da população e entre populações, nos permitindo avaliar a “saúde genética” das populações de anta na região e os riscos de extinção local causados por limitações genéticas, criando subsídios para o estabelecimento de recomendações de conservação que ajudem a garantir a manutenção de suficiente variação genética no longo-prazo.
    • Avaliar e monitorar o status epidemiológico populacional: A avaliação epidemiológica proverá dados sobre a prevalência e incidência de agentes etiológicos (doenças, ectoparasitos, hemoparasitos, endoparasitos, bactérias etc.) afetando a população de antas e também os animais domésticos (bovinos, equinos) na região do Pantanal. A pecuária é a atividade econômica mais importante do Pantanal. O tamanho das fazendas varia entre 10.000 e 200.000 ha e a população de animais é de cerca de 3.5 milhões de cabeças de gado e 49.000 cavalos. A proximidade entre animais silvestres e animais domésticos no Pantanal deve constituir-se em uma importante forma de disseminação e perpetuação de agentes etiológicos, especialmente se considerarmos a recente intensificação das atividades de pecuária e desmatamento na região.
    • Analisar a viabilidade populacional: A Análise de Viabilidade Populacional (Population Viability Analysis - PVA) é a avaliação de dados e modelos que antecipem a probabilidade de que uma dada população sobreviva por um dado período de tempo. O PVA projeta populações futuras e estima parâmetros de persistência de uma população, tais como tempo para extinção, probabilidade de extinção, probabilidade de persistência por 100 anos etc. Uma vez que tenhamos um entendimento claro sobre o status das populações de anta no Pantanal e determinemos os fatores ameaçando essas populações, teremos as ferramentas necessárias para lidar com esses fatores e desenvolver estratégias de conservação. 
  2. Programa de Turismo Científico
  3. Programa de Educação Ambiental 
  4. Programa de Conscientização/Marketing/Campanhas
  5. Programa de Treinamento e Capacitação

Sobre o Pantanal

O Pantanal é uma das maiores áreas de wetlands contínuas do planeta, cobrindo cerca de 160.000 km² de planícies alagáveis de baixa altitude na parte alta do Rio Paraguai e tributários, no centro do continente Sulamericano. A vegetação sofre influência de quatro biomas: Floresta Amazônica, Cerrado (predominante), Chaco e Mata Atlântica. O verão (Novembro-Março) é quente e chuvoso, enquanto que o inverno (Abril-Outubro) apresenta temperaturas relativamente mais baixas e períodos de seca. O fator ecológico principal que determina os processos e padrões do Pantanal são os pulsos de cheias, que seguem um ciclo anual, monomodal, com amplitude de 2 a 5 metros e duração de 3 a 6 meses. O Pantanal está também sujeito a variações na intensidade das cheias, alternando entre anos de alagamento intenso e anos mais secos.

Os diferentes padrões de sedimentação do Rio Paraguai e seus tributários causados pela alternância entre períodos úmidos e secos levaram ao mosaico de formações geomorfológicas encontradas no Pantanal. Este complexo mosaico de habitats, tipos de solo e regimes de inundação são responsáveis pela grande variedade de formações vegetais e paisagens diversificadas, criando as condições necessárias para uma rica biota terrestre e aquática. Foram identificadas no Pantanal 16 classes de vegetação (fito-fisionomias), as mais importantes sendo gramíneas (31%), cerradão (22%), cerrado (14%), brejos e áreas alagadas (7%), floresta semi-descídua (4%), e floresta de galeria (2.4%).

A região se distingue por sua extraordinária concentração e abundância de vida silvestre. A nível nacional, o Pantanal é reconhecido como “Patrimônio Nacional” pela Constituição Brasileira de 1988, enquanto que a nível internacional este bioma já foi reconhecido por uma série de convenções tais como Ramsar, Convenção de Diversidade Biológica, Convenção de Mudanças Climáticas das Nações Unidas, Convenção de Espécies Migratórias e Convenção do Patrimônio da Humanidade. Atualmente, existe um total de 360.000 hectares sob alguma categoria de proteção, correspondendo a apenas 2.6% do Pantanal Brasileiro.

Historicamente, o Pantanal nunca recebeu muita atenção dos governos nacionais do Brasil, Bolívia e Paraguai, os três países nos quais este bioma está localizado. Entretanto, durante as últimas décadas, a expansão de fronteiras agrícolas e mudanças econômicas e políticas colocaram a região na frente das discussões e planejamentos desenvolvimentistas. Os governos dos três países têm realizado grandes esforços para incluir a região do Pantanal em seus respectivos programas nacionais de desenvolvimento econômico, o que é particularmente evidente no Brasil, que detêm cerca de 85% da área do Pantanal. No meio da década de 70, o governo Brasileiro deu início a uma série de grandes programas de desenvolvimento para o Pantanal, visando a intensificação da utilização dos recursos naturais da região e a integração desta no plano nacional de desenvolvimento do país, sobretudo através da construção de estradas e redes de transmissão de eletricidade. Desde então, nove hidroelétricas com capacidade total de 323MW foram construídas no Pantanal, o projeto para estabelecer a gaseoduto Bolívia-Brasil cruzando o Pantanal de Corumbá a Campo Grande segue progredindo; e existe uma enorme pressão para mudar o curso e canalizar o Rio Paraguai de maneira a facilitar o transporte fluvial de grãos e minérios para o Oceano Atlântico (hidrovia Paraguai-Paraná). O desenvolvimento indiscriminado e a utilização desordenada dos recursos naturais da região podem levar a uma degradação de grande escala e irreversível afetando seriamente as condições de vida das populações humanas e vida silvestre do Pantanal.

Outra grande ameaça para a integridade desse bioma é o fato que os métodos tradicionais de pecuária de baixa-intensidade estão sendo rapidamente substituídos por formas mais intensas de manejo de gado. Durante os dois séculos passados, a pecuária de baixa-intensidade tem sido uma das principais atividades econômicas do Pantanal. Devido ao fato de que este tipo de manejo de gado mantém a estrutura, a função, a biodiversidade e a beleza da paisagem, ele vem sendo considerado como um método bastante sustentável de utilização dos recursos naturais do Pantanal. Atualmente, a pecuária continua sendo a principal atividade econômica da região, com aproximadamente 95% do Pantanal sendo composto por propriedades privadas de tamanho médio de 10.000 hectares. Entretanto, a crescente pressão econômica tem levado os pecuaristas tradicionais a aumentarem o número de cabeças de gado por unidade de área na intenção de aumentar a eficiência da produção de carne e o retorno econômico das fazendas. Como resultado, o que se pode observar é a exaustão de pastagens e a conversão de pastagens naturais em artificiais através da introdução de gramíneas exóticas (500.000 hectares de áreas desmatadas durante os últimos 25 anos). Em 2000, a área total de vegetação original que já havia sido substituída por gramíneas exóticas era estimada em 12.200 km². Como consequência, essas atividades já devem ter afetado cerca de 40% dos habitats de floresta e cerrado do Pantanal Brasileiro.

De 1996 a 2007, o IPÊ desenvolveu um programa de pesquisa e conservação da Anta Brasileira na Mata Atlântica da Região do Pontal do Paranapanema, São Paulo. Este programa gerou um enorme banco de dados de informações sobre a espécie. 

Em 2008, a equipe considerou ter chegado o momento de usar essa experiência para expandir suas iniciativas de pesquisa e conservação da espécie para outros biomas brasileiros e foi estabelecida a Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira. A primeira “parada” foi o Pantanal, onde as ameaças e problemáticas de conservação para a espécie são bastante diversas e onde nunca havia sido realizado um estudo de longo-prazo sobre a Anta Brasileira. A meta primordial do Programa Anta Pantanal é obter dados de demografia, genética e saúde das antas, bem como informações de uso de habitat e do mosaico de fragmentos naturais característicos de muitas regiões do Pantanal, visando estabelecer um programa de pesquisa e conservação de longo-prazo e subsidiar a formulação de recomendações para a conservação da espécie na região. Depois do Pantanal, tomaremos os passos necessários para o estabelecimento de programas similares nos biomas Amazônia e Cerrado. 

A pesquisa sobre a Anta Brasileira vem evoluindo significativamente nos últimos anos e muita informação vem sendo produzida através da realização de projetos de pesquisa em diversos países de sua área de ocorrência. Entretanto, as informações obtidas em diferentes países e diferentes tipos de habitat demonstram que a anta apresenta requisitos ecológicos bastante diferentes em diferentes áreas. Através do estabelecimento de novas iniciativas de pesquisa sobre a anta em diferentes biomas brasileiros, o IPÊ espera criar uma perspectiva comparativa para a conservação da espécie, investigando sua ecologia em biomas diferentes da Mata Atlântica. Com isto, teremos um entendimento mais claro sobre estes animais em diferentes biomas, com diferentes matrizes de paisagem e sob diferentes níveis de distúrbio ambiental. Assim, seremos capazes de compreender melhor a ecologia destes animais e suas necessidades em termos de conservação, bem como avaliar a importância e magnitude dos fatores ecológicos afetando as diferentes populações existentes no país. Finalmente, teremos todas as ferramentas necessárias para promover o desenvolvimento e efetiva implementação de estratégias de conservação e manejo para populações específicas de Anta Brasileira por toda a sua área de distribuição.

Ações no Pantanal

A meta principal do Programa Anta Pantanal é manter um projeto de longo-prazo para o estudo e monitoramento da Anta Brasileira no Pantanal Brasileiro. Especificamente, o projeto vem avaliando demografia populacional, uso de habitat e movimentos pela paisagem, status genético e status sanitário da população de antas na Fazenda Baía das Pedras, localizada na sub-região ecológica da Nhecolândia, Estado do Mato Grosso do Sul. Posteriormente, essas informações serão utilizadas para avaliar o status de conservação da Anta Brasileira e a viabilidade de suas populações no Pantanal, gerando subsídios para a formulação e implementação de recomendações para a conservação da espécie na região. 

Adicionalmente, estamos comparando os dados e informações coletados no Pantanal com os resultados previamente obtidos durante a realização do Programa Anta Mata Atlântica. Através do uso dessa perspectiva comparativa esperamos estar melhor preparados para entender a importância e magnitude dos fatores ecológicos afetando as populações de Anta Brasileira por toda a sua distribuição geográfica.

Sobre o Cerrado

Os estudos do IPÊ sobre a Anta Brasileira (Tapirus terrestris) passaram a incluir, desde março de 2015, novas áreas no Cerrado, em Mato Grosso do Sul. A cerca de 300 quilômetros da capital Campo Grande, as pesquisas da Iniciativa Nacional para Conservação da Anta Brasileira (INCAB) avaliam o impacto de diferentes ameaças às antas no bioma. Os novos dados irão aumentar o conhecimento sobre a espécie em mais uma importante área natural.

As pesquisas sobre a anta brasileira já passaram pela Mata Atlântica, na região do Pontal do Paranapanema (de 1996 a 2008), e continuam acontecendo no Pantanal do Mato Grosso do Sul (desde 2008).

No Cerrado, são analisados impactos relacionados a ameaças como atropelamentos em rodovias, avanço da agricultura em larga escala (soja e cana), pecuária de alta densidade, caça e muitas outras ameaças presentes impactam a vida e consequentemente a sobrevivência da espécie. Os atropelamentos em rodovias, inclusive, começaram a ser mapeados ainda em 2013, antes do projeto se estabelecer na região, com dados relevantes sobre a perda de espécies por atropelamentos. (Veja mais em Desenvolvimento Cerrado)

A expansão do projeto para o Cerrado foi possível a partir do Continuation Funding Awards, premiação recebida pela pesquisadora em 2014 por meio da organização britânica Whitley Fund for Nature (WFN).

Ações no Cerrado

Resultados prévios das pesquisas, apontam que a sobrevivência da anta brasileira no Cerrado do Mato Grosso do Sul (MS) está sob constante ameaça, devido a ações humanas. Na região, uma série de atividades coloca a vida da espécie em risco, como a remoção de florestas para o desenvolvimento do agronegócio (cana de açúcar, soja entre outras culturas). Entretanto, a ameaça que mais tem chamado a atenção ao longo das pesquisas são os atropelamentos nas rodovias que cortam o estado.

Em apenas sete trechos de estradas do Mato Grosso do Sul (BR-267, BR-163, MS-040, MS-145, MS-134 e dois trechos da BR-262), no período de 3 anos de monitoramento (iniciados no ano de 2013), os pesquisadores da INCAB encontraram 117 antas mortas por atropelamento, inclusive filhotes. Isso significa uma média de quase 4 indivíduos por mês, em uma extensão de cerca de 1.450 quilômetros de rodovias. (Dados até dia 01/06/2016)

A região estudada tem um ambiente muito alterado e paisagem extremamente antropizada e cortada por rodovias muito movimentadas e totalmente sem sinalização para a presença de animais. Os levantamentos também registraram (até 01/06/2016)14 óbitos de pessoas envolvidas em colisões com antas em rodovias do MS.

A anta é um animal de ciclo reprodutivo muito longo, são de 13 a 14 meses para a gestação de um único filhote, que pode sobreviver ou não. A espécie é considerada a “jardineira das florestas” pelo seu alto potencial de dispersar sementes que dão origem a novas árvores e plantas dentro de suas áreas de uso. Perder até 4 indivíduos a cada mês coloca este animal em uma situação de alto risco tanto para sua sobrevivência como espécie quanto para a manutenção de nossas florestas.

As carcaças frescas de antas atropeladas são submetidas a necropsia e amostradas como parte dos estudos de saúde desenvolvidos pela equipe de veterinários da INCAB. Diversas amostras biológicas coletadas durante as necropsias são analisadas para a presença de produtos químicos e agrotóxicos. 

Com a grave ameaça nessas rodovias, os pesquisadores correm contra o tempo para que as antas sobrevivam no Cerrado de MS. Além de monitorar os atropelamentos, a INCAB realiza também capturas de indivíduos para pesquisa. Ao longo de 2 mil km² nessa área recortada por plantações e pecuária, as antas capturadas recebem colares para monitoramento via satélite (com o objetivo de investigar como os animais utilizam a paisagem) e são avaliadas com relação à saúde (presença de doenças infecciosas, intoxicação por agrotóxicos entre outros parâmetros indicativos de saúde) e genética. .

Os resultados de todas essas linhas de pesquisa integrados (monitoramento de atropelamentos, utilização da telemetria para estudos de uso de espaço e da paisagem antropizada e análises de saúde e genética) serão utilizados para buscar estratégias de mitigação das ameaças afetando a espécie na região. Eles já fazem parte do maior e mais completo banco de dados sobre a anta brasileira no mundo, resultado de 20 anos de trabalho da INCAB, completados em 2016.

Uso de passagens inferiores pela anta (Tapirus terrestris), ao longo da rodovia MS-040, Mato Grosso do Sul, Brasil

Impacto de Atropelamentos de Anta Brasileira (Tapirus terrestris), entre 2013 e 2019, em rodovias estaduais e federais do Mato Grosso do Sul (MS) Brasil

Relatório Final - ATROPELAMENTOS DE ANTAS NO CERRADO

Relatório Parcial Atropelamentos Cerrado 

Relatório Técnico Impacto de Agrotóxicos e Metais pesados na Anta Brasileira

Equipe

Patrícia Medici
M.Sc. em Ecologia, Conservação e Manejo de Vida Silvestre
Ph.D. Manejo de Biodiversidade, DICE, Universidade de Kent, Inglaterra
Coordenadora, Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira
Presidente, IUCN/SSC Tapir Specialist Group (TSG)
E-mail: [email protected]  ou [email protected]

Renata C. Fernandes SantosVeterinária

Caroline TestaVeterinária

Parceiros (2008 - 2012)

Suporte Institucional 

  • Association of Zoos and Aquariums (AZA) Tapir Taxon Advisory Group (TAG) 
  • Copenhagen Zoo, Dinamarca 
  • Edge Species Program, Zoological Society of London, Inglaterra
  • European Association of Zoos & Aquaria (EAZA) Tapir Taxon Advisory Group (TAG) 
  • Faculdade de Veterinária, Universidade  de São Paulo (USP), São Paulo, Brasil
  • Hotel Fazenda Baía das Pedras, Pantanal, Brasil 
  • Houston Zoo Inc., EUA
  • IBAMA SISBIO, Brasil
  • Instituto Biológico de São Paulo, Brasil
  • IUCN/SSC Tapir Specialist Group (TSG) 
  • IUCN/SSC Conservation Breeding Specialist Group (CBSG) 
  • Laboratório Renato Arruda, Campo Grande, MS, Brasil
  • Whitley Fund for Nature (WFN), Inglaterra
  • Wildlife Conservation Network (WCN), EUA
  • WildTrack, Portugal 
  • World Association of Zoos and Aquariums (WAZA), Suíça 
  • Zoológico de Sorocaba, São Paulo, Brasil 
  • Zoológico de São Paulo, São Paulo, Brasil

Suporte Financeiro e In-Kind 

  • AAZK - American Association of Zoo Keepers, Houston, EUA
  • AAZK - American Association of Zoo Keepers, Puget Sound, EUA
  • BBC Wildlife Fund, Inglaterra
  • Brevard Zoo Conservation Fund, EUA
  • Calviac Zoo, França
  • Chester Zoo, North of England Zoological Society, Inglaterra
  • Cleveland Metroparks Zoo, EUA
  • Coins for Change Program, Disney Studios, Canadá
  • Columbus Zoological Park Association Inc., EUA
  • Connecticut’s Beardsley Zoo, EUA
  • Disney Worldwide Conservation Fund, EUA
  • Dutch Zoos Conservation Fund (DZCF), Holanda
  • Elisabeth Giauque Trust, Inglaterra
  • Emmen Zoo, Holanda
  • Fresno Chaffee Zoo, EUA
  • Givskud Zoo, Dinamarca
  • Golden Ark Foundation & Golden Ark Awards 2008, Holanda
  • Hotel Fazenda Baía das Pedras, Pantanal, Brasil
  • Idea Wild, EUA
  • Instituto Iamar, Brasil
  • John Ball Zoo Society, Wildlife Conservation Fund, EUA
  • Klabin SA, Brasil
  • Mohammed bin Zayed Species Conservation Fund, Emirados Árabes
  • Nashville Zoo at Grassmere, EUA
  • Odense Zoo, Dinamarca
  • Oregon Zoo Future for Nature Conservation Fund, EUA
  • Parc Zoologique CERZA Lisieux, França
  • Parc Zoologique d’Amnéville, França
  • Prince Bernhard Fund for Nature, Holanda
  • SeaWorld & Busch Gardens Conservation Fund, EUA
  • Taronga Zoo Foundation, Austrália
  • Tetra Pak Ltda. Desenvolvimento Ambiental, Brasil
  • Vienna Zoo, Áustria
  • Westminster Under School, Inglaterra
  • Whitley Fund for Nature (WFN) & Whitley Awards 2008, Inglaterra
  • Wildlife Conservation Network (WCN), EUA
  • WWF INNO Fund, Holanda
  • ZooParc de Beauval, França

Doações Privadas 

  • Adriano Gambarini, Fotógrafo de Natureza, Brasil
  • Alan Shoemaker, EUA
  • Alice Pena, Brasil
  • Amanda Daly, EUA
  • Ângela Leite, Brasil
  • Anita Ljung, Brasil
  • Anthony B. Rylands, Inglaterra
  • Bengt Holst, Dinamarca
  • Byron Jorjorian, EUA
  • Camila Doretto, Brasil
  • Carla Caffé, Brasil
  • Carol W. Tucker
  • Charles Knowles, EUA
  • Charles Perlitz, EUA
  • Cynthia Manning, EUA
  • Daniel de Granville, Fotógrafo de Natureza, Brasil
  • Daniel Zupanc, Fotógrafo de Natureza, Áustria 
  • David and Patricia Beebe, EUA
  • Dora Levi, Brasil
  • Dorothée Ordonneau, França
  • Eduardo Gaioto, Brasil
  • Elaine Beckham, EUA
  • Elise Smorczewski, EUA
  • François Huyghe, França
  • George Carver
  • Guto Lacaz, Brasil
  • Harmony Frazier and Michael Breen, EUA 
  • Herbert and Sylvia Gold
  • Iaara Rosenthal, Brasil
  • Ian and Carol Duncan
  • Iris de Miranda, Brasil
  • Jeffrey Flocken, EUA
  • João Batista Cruz, Zoológico de São Paulo, Brasil
  • Joseph and Alice Darling
  • Judy Gold
  • Juscelino Martins, Brasil
  • Karen Johnson, EUA
  • Keith Sproule, Namíbia
  • Kelly Russo, EUA
  • Kevin Schafer, Fotógrafo de Natureza, EUA
  • Kristan and Peter Norvig, EUA
  • Laura Mattera
  • Letícia Moura, Brasil
  • Liana John, Brasil
  • Linda Alvarado, EUA
  • Luccas Longo, Brasil
  • Luciano Candisani, Fotógrafo de Natureza, Brasil
  • Luiz Claudio Marigo, Fotógrafo de Natureza, Brasil
  • Mara Cristina Marques, Zoológico de São Paulo, Brasil
  • Marc Hoogeslag, Holanda
  • Marcelo Labruna, Universidade de São Paulo, Brasil
  • Marcos Pereida de Almeida, Brasil
  • Margaret Ellis, EUA
  • Maria Luíza Gonçalves, Zoológico de São Paulo, Brasil
  • Marina Klink, Fotógrafa de Natureza, Brasil
  • Mark Bowler, Fotógrafo de Natureza, EUA
  • Mark McCollow, EUA
  • Matheus Jeremias Fortunato, Brasil
  • Melissa de Miranda, Brasil
  • Michele Stancer, EUA
  • Mitch Finnegan, EUA
  • Nic Bishop, EUA
  • Nicolas and Nathalie Giauque, Inglaterra
  • Noelly Castro, Brasil
  • Paulo Magalhães Bressan, Zoológico de São Paulo, Brasil
  • Pete Puleston
  • Peter Riger, EUA
  • Philip and Janet Kelly
  • Rich Zahren
  • Richard Osterballe, Dinamarca
  • Rick Barongi, EUA
  • Rick Schwartz, EUA
  • Rita & Carlos Jurgielewicz e Família, Brasil
  • Rodrigo Pinho, Zoológico de São Paulo, Brasil
  • Ronald Rosa, Brasil
  • Rorian Guimarães, Brasil
  • Rudy Rudran, EUA
  • Sachin Shahria, EUA
  • Stacey Iverson, EUA
  • Steven and Florence Goldby, EUA
  • Stewart Sher
  • Susan & Curtis Comb, EUA
  • Sy Montgomery, EUA
  • Terry Gold

Links Importantes

Hotsite Anta:
www.tapirconservation.org.br

Facebook Patrícia Medici Personal Profile:
www.facebook.com/patricia.medici?ref=profile

Facebook Lowland Tapir Conservation Initiative CAUSE:
www.causes.com/causes/292707?m=0d43bb06

Canal You Tube Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira:
www.youtube.com/patriciamedici

IUCN/SSC Tapir Specialist Group (TSG):
www.tapirs.org

IUCN Red List Lowland Tapirs:
www.iucnredlist.org/apps/redlist/details/21474/0

WAZA Tapir Profile:
http://www.waza.org/en/site/conservation/waza-conservation-projects/lowland-tapir-conservation-initiative

Prêmios e Publicações

Aqui a lista dos principais prêmios e publicações recebidas no Projeto Pantanal.

  • Entrevista Rádio Nederland (MP3);
  • Estudo Tapir - Emília Médici - phD (PDF);
  • Prêmio Golden Ark - Matéria G1 (PDF);
  • Prêmio Golden Ark - Matéria Terra da Gente (JPG);
  • Prêmio Whitley - Matéria RZSS News (PDF);
  • Prêmio Whitley - Matéria Terra da Gente (PDF);
  • Publicação do sobre Projeto das Antas - Matéria Waza News (PDF);
  • Publicação da Primeira Captura - Boca do Povo - Campo Grande (JPG);
foto: Daniel Zupanc

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foto: Marina Klink

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procedimento de pesquisa

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monitoramento

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armadilha fotográfica

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